O Piauí liderou o crescimento na geração de empregos no Brasil em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (25), pelo Ministério do Trabalho. Com um aumento de 0,45% da abertura de novas vagas em relação ao mês anterior, o Piauí ficou três vezes acima da média nacional, que foi de 0,13% no período.
Depois do Piauí, os estados que mais cresceram proporcionalmente na criação de empregos foram o Maranhão (0,43%), Rondônia (0,41%) e Roraima (0,37%). No nordeste, além do Piauí e do Maranhão, apenas Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe geraram mais emprego do que desemprego em junho. Alagoas (-0,26%), Paraíba (-0,20%), Pernambuco (-0,02%) e Ceará (-0,01%) tiveram desempenhos negativos.
Ao todo, o Piauí gerou 1.308 empregos em junho, terceiro maior do nordeste em números absolutos, atrás apenas da Bahia, com 2.362 vagas, e do Maranhão, com 2.001. No Brasil, o Piauí ficou na 9ª colocação no mesmo critério. São Paulo liderou com 18.262 empregos. A população piauiense, no entanto, de 3,2 milhões de habitantes, é bem menor do que a dos outros três estados, o que justifica a diferença em vagas criadas: 7 milhões no Maranhão, 14,8 milhões na Bahia e 45,5 milhões em São Paulo.
Santa Catarina, por exemplo, com uma população de 7 milhões de habitantes e um PIB seis vezes superior ao do Piauí, criou apenas 940 postos de trabalho em junho, menos as vagas do que as geradas no estado nordestino.
Os 1.308 empregos gerados no Piauí significam, na verdade, o saldo total de vagas, resultado da diferença entre a quantidade de pessoas que entraram no mercado de trabalho formal (8.599) e o número de trabalhadores que foram demitidos (7.291). Quando há mais pessoas desligadas das empregas do que ligadas, há desemprego.
As atividades econômicas que mais contribuíram para o bom desempenho do Piauí foram a indústria da transformação (501 vagas), construção civil (487), agropecuária (391) e serviços (155). De janeiro a junho deste ano, o saldo de geração de empregos no Piauí também é positivo (0,04%), enquanto a média da região Nordeste no mesmo período é negativa (-0,56%).
Crescimento de empregos no Brasil, em junho, segundo o Caged
Piauí (+ 0,45%)
Maranhão (+ 0,43%)
Rondônia (+ 0,41%)
Roraima (+ 0,37%)
Santa Catarina (+ 0,05%)
Alagoas (- 0,26%)
Amapá (- 0,25%)
Paraíba (- 0,20%)
Espírito Santo (- 0,16%)
Rio Grande do Sul (- 0,15%)
Pernambuco (- 0,02%)
Ceará (- 0,01%)
Média do Brasil + 0,13%
Estados do nordeste que mais geraram empregos em junho segundo o Caged (em números absolutos)
Bahia 2.362
Maranhão 2.001
Piauí 1.308
Rio Grande do Norte 1.237
Sergipe 265
Ceará -122
Pernambuco -253
Paraíba -795
Alagoas -861
Estados que mais geraram empregos em junho, segundo o Caged (em números absolutos)
São Paulo 18.262
Minas Gerais 11.603
Mato Grosso 7.367
Bahia 2.362
Rio de Janeiro 2.341
Goiás 2.077
Maranhão 2.001
Amazonas 1.683
Piauí 1.308
Fonte: CCOM