Com o potencial em energia renovável que ultrapassa os 2.000WW, o Piauí é a bola da vez no mercado de produção eólica e solar. Estes dados foram apresentados pelo secretário do Planejamento, Cezar Fortes, durante a reunião de fim de ano do Governo do Estado, realizada nesta sexta-feira (20), no auditório da Escola de Governo.

“Até 2016, o Piauí vai produzir 15 vezes mais energia renovável que a própria Barragem de Boa Esperança, que produz 237MW”, afirmou o secretário. Produzida em regiões do Semiárido, como Chapada do Araripe, nos municípios de Marcolândia, Simões e Padre Marcos, além de Lagoa do Barro e Queimada Nova, a eólica é uma realidade que está acontecendo no Piauí. “São mais de R$7 bilhões em investimentos, somente com a implantação dos parques, que deve ocorrer até 2016, quando vamos deixar de importar para exportar energia”.

Somente a empresa Casa dos Ventos deve investir mais de R$4 bilhões no Piauí, além da Atlantic Energia, Queiroz Galvão e Ômega, empresas que implantaram ou estão em via de instalar parques no Piauí. Em São João do Piauí, a oportunidade de energia é solar, com a empresa Vensolbras, que deve investir mais de R$1,2 bilhão.

“O nosso próximo desafio é atrair indústrias ligadas ao setor, para produção de pás e turbinas, uma vez que somos referência no Nordeste para os próximos anos, portanto, teremos um mercado consumidor certo”, ressaltou Cezar Fortes, que pretende no início de 2014 promover um encontro de investidores para mostrar as potencialidades do Estado em energia.

Energia renovável consta na elaboração do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável – PDES como segmento estratégico para o desenvolvimento do Estado.

Educação

Durante a sua apresentação, Cezar Fortes exaltou os indicadores em Educação, especialmente do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), avaliação comparada nas áreas de Leitura, Matemática e Ciências, referente ao ano de 2012. “O Piauí saltou da 21ª colocação para a 11ª, algo que, de acordo com o economista Gustavo Ioschep se compara ao que Xangai fez em nível mundial e nós fizemos em nível nacional”, explica.

O desafio, de acordo com o secretário, é manter e evoluir a qualidade do ensino, pois 98% das crianças de 7 a 14 anos estão matriculadas, “número europeu, mas não podemos nos prender a somente na quantificação, mas na qualidade também”.

Fonte: Ccom