Estudo dos economistas Juliana Trece e Marcel Balassiano, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), sobre o crescimento do PIB nos últimos 35 anos divulgado pelo jornal Valor Econômico aponta que o Piauí está entre os dez estados com maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o levantamento, o Piauí ocupa o nono lugar entre os 27 estados brasileiros na taxa média de crescimento anual do PIB entre 1985 a 2019, com o percentual de 3,4%.

Ainda de acordo com o estudo da FGV, o Piauí teve o maior crescimento do PIB do Nordeste. Entre os estados, o que alcançou maior índice de crescimento foi o Mato Grosso, com 6,4%, sendo quase duas vezes mais forte do que média anual do Brasil. Na segunda posição ficou o Amazonas, com 5,5%, seguido de Roraima, na terceira colocação, com 4,7%. O Estado do Rio de Janeiro foi a unidade da federação que me menor ritmo de crescimento anual no país entre 1985 e 2019.

Na última década, Marcel Balassiano, lembrou a recessão entre 2014 e 2016, bem como a crise na econômica causada pela pandemia em 2020. Esse último período ficou conhecido, por alguns economistas, como “década perdida na economia”, nas palavras do técnico.

Na contramão da economia nacional, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Piauí, chegou a R$ 52,78 bilhões segundo o último cálculo divulgado. A marca se refere a 2019, ano em que o Piauí superou alta da inflação, crise política, dificuldade na relação de exportação com a China, questões climáticas que interferiram na produção agrícola, principalmente a soja, nos cerrados do estado. O estado manteve sua performance de crescimento acumulado superior ao do Brasil e do Nordeste ao longo do período de 2010 a 2019.

O PIB per capita estadual atingiu R$ 16.125,00 com uma expansão de R$ 692,95 e uma variação nominal de 4,55% em relação a 2018, quando registrava R$ 15.432,05. O PIB do Brasil atingiu R$ 7,389 trilhões e o PIB do Nordeste R$ 1,047 trilhão, apresentando a mesma variação positiva em volume de 1,2%.

Os setores de serviços e a indústria ajudaram a impulsionar o crescimento do PIB. Já a atividade de eletricidade, respondeu por 3,6% do PIB estadual e apresentou variação em volume de 5,3% devido ao aumento da geração e distribuição de energia elétrica no Piauí. Esse crescimento mostra uma aptidão moderna para o desenvolvimento do estado.

Foco na educação, saúde, emprego e melhoria da renda

Segundo a secretária de Estado do Planejamento, Rejane Tavares, a base desta transformação foi construída com foco especial na educação, saúde, emprego, melhoria da renda, “sedimentada em empreendimentos econômicos importantes que deram, como nunca antes, orgulho ao piauiense que deixou de morar no estado mais pobre do país”.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atestou, no mês de maio, com base nos dados da síntese do desempenho municipal da economia observados em 2019, que o estado deixou o mapa da pobreza do país. O Piauí não tem nenhum município na lista das 50 cidades mais pobres do Brasil. O ranking leva em conta a renda per capita, ou seja, o resultado da divisão da riqueza de um lugar pelo número de habitantes. Na prática, a renda do piauiense cresceu e se passou a viver melhor no estado.

Fonte: Meio Norte