Polícia Civil do DF quer proibir a venda de livro que ensina como ser um criminoso
Um livro que ensina práticas criminosas está nas prateleiras de livrarias e em lojas online, mas a Polícia Civil do DF quer impedir a venda do produto. A publicação “O livro maldito” é alvo de uma representação na Justiça para que os exemplares sejam apreendidos no comércio local. O livro tem capítulos que ensinam macetes para criminosos, como assaltar bancos e abordar vítimas armado com uma faca.
Tudo isso em uma linguagem voltada para o público juvenil e com ilustrações de algumas das práticas. O livro é considerado pela polícia como um manual do crime. Na capa, abaixo
do título, há a mensagem “tudo o que precisa saber se não for um Mané”. Um selo, também na capa, diz: “conteúdo 100% perverso”.
Psicóloga Lívia Borges alerta para a necessidade de um cuidado em relação à literatura.
— Pessoas ingênuas ou carentes podem ir para o lado negativo.
No documento apresentado à Justiça , é apontada uma série de lugares que vendiam o livro. Dias depois, o juiz Francisco Antonio Alves rejeitou o pedido.
A delegada Valéria Martirena é contra a comercialização do livro. Delegada.
— A venda desse livro é um absurdo.
A deputada distrital e presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Celina Leão, há violações criminais no conteúdo do livro e que a Casa irá tomar uma atitude contra o produto.
— Vamos pedir uma representação no Ministério Público F3ederal, pois a publicação é nacional.
No material de divulgação do produto, a editora (Best Seller) diz se tradar do “resultado bem-humorado de uma pesquisa realizada pelo publicitário Christopher Lee Barish, um curso completo com todas as artimanhas, jogatinas e ilicitudes necessárias para ser considerado um ‘homem mau’”.
Chama a atenção na publicação partes que trazem descrições de como abrir uma fechadura, assaltar um banco, passar em detector de mentiras, forjar a própria morte, falsificar dinheiro e até contrabandear drogas.
O sociólogo Antônio Flavio Testa considera o livro prejudicial para a formação de jovens e adultos.
— Esse tipo de literatura nem devia entrar no mercado.
O autor é um publicitário chamado Christopher Lee Barish. Ao pesquisar por seu nome na internet, não há informações precisas sobre ele, o que pode ser um indício de que o verdadeiro responsável pelo conteúdo use um codinome.
O conteúdo gera polêmica em vários trechos, como em um que diz sobre ter uma amante para poder bater nela.
Fonte: meionorte.com