O médico cardiologista Paulo César de Carvalho Teles, de 57 anos, teve morte cerebral, nesta segunda-feira (18), segundo informou os familiares. Ele foi transferido durante este final de semana para a cidade de São Paulo (SP). O médico e a esposa Lenia Garcia Teles ficaram gravemente feridos após caírem de uma altura de aproximadamente 3 metros, da sacada de uma pousada turística localizada em Barra Grande.

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Na tarde desta segunda-feira, uma equipe do Instituto de Criminalística da perícia criminal esteve na pousada para realizar uma perícia visando auxiliar o período de investigação da Polícia Civil.

De acordo com o diretor do Instituto de Criminalística de Parnaíba, Frederico Augusto, a demora do trabalho do Instituto de Criminalística se deu após a demora do boletim de ocorrência. “Com o agravamento da saúde do referido médico e a partir desse B.O. os procedimentos começam a ser tomados. A demora atrapalha a perícia no aspecto de contaminação do ambiente, o ambiente acaba sendo contaminado devido a grande passagem das pessoas. Então o necessário seria que todo o local fosse isolado o mais brevemente possível, mas isso não impediu o levantamento dos peritos criminais, eles realizaram medições, fotografaram,  fizeram os registros e será elaborado uma equipe junto com engenheiros da própria perícia criminal para que a gente possa analisar as imagens e fazer as medições necessárias para auxiliar na investigação”, declarou.

Inspetor Frederico Augusto (Crédito: Reprodução/TV Meio Norte)
Inspetor Frederico Augusto (Crédito: Reprodução/TV Meio Norte)

“A busca do perito criminal nesse ambiente será na parte da engenharia da qualidade do material a ser buscado, então ele vai fazer análises de pregos, parafusos, pontos de fixação. Como trata-se de um ambiente com características rústicas então ele vai buscar certos parasitas dessa madeira, como por exemplo,cupins e se ele confirmar esses registros vai fazer a fotografia e passa pela perícia. O prazo legal para tudo isso são 10 dias, porém, em casos mais complexos como esse o prazo é maior, mas vamos fazer o mais rápido possível até para reduzir o sofrimento da família”, disse o diretor.

Sobre uma possível interdição da pousada, o perito afirma que a polícia deverá realizar o procedimento. “Possivelmente será interditada, até para evitar novos acidentes, haja visto que a pousada precisa de um estudo técnico e uma observação aprofundada, devemos também levar em consideração que outros pontos também podem ser pontos de risco, então usando o bom senso seria melhor que esse ambiente fosse isolado até que fosse terminado o trabalho técnico”, afirmou.

Fonte: Meio Norte