Somente no mês de março deste ano, mais de 1.700 trotes ocorreram pelo número 190, da Polícia Militar do Piauí.
Em 2013, quase metade das ligações é referente a falsas denúncias, tendo um total de mais de 20 mil trotes.
Para o major Jorge Lima, quando há um falso chamado de ajuda à Polícia Militar, existe um dispêndio de tempo e trabalho, além do custo econômico. “Se for um ou se forem dois trotes não há grandes prejuízos econômicos, mas quando esse número é muito alto, há grande prejuízo com o gasto de gasolina e de trabalho. Às vezes, um pedido real de socorro não é atendido ou é atendido com atraso por causa de trotes”, afirma o major.
A Polícia Militar do Estado conta com detectores de chamadas e com um serviço de inteligência para que os indivíduos que ligam com denúncias falsas sejam identificados. Quando os trotes são feitos por telefones públicos, geralmente é feito monitoramento no local.
Ainda segundo o major Jorge Lima, alguns trotes são feitos para desviar o foco dos policiais para reais delitos, o que hoje é algo preocupante para a Polícia Militar. Ainda há pessoas que são reincidentes neste delito, o que facilita a ação policial na identificação desses indivíduos.
Vale lembrar que passar trote é crime. De acordo com o artigo 340 do Código Penal, “provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado”, o indivíduo está sujeito a uma pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa.
Fonte: Meio Norte