Na manhã desta quinta-feira (17/11), a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil do Piauí, por meio da Divisão de Crimes de Corrupção, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), executam a ‘Operação Vigiles’, relativa à apuração de fraude ao Concurso Público de Soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, ocorrido no ano de 2014.
Estão sendo cumpridos 36 mandados de prisões, 35 mandados de conduções coercitivas e 71 mandados de buscas e apreensões expedidos pelo Juiz de Direito Dr. Luiz de Moura Correia, titular da Central de Inquéritos Policiais de Teresina.
Cerca de 150 policiais civis entre delegados, agentes e escrivães estão envolvidos na operação que contou com o apoio do próprio Corpo de Bombeiros Militar, e da NUCEPE, organizadora do concurso, além do Núcleo de Inteligência da SSP-PI.
O delegado-geral do Piauí Riedel Batista, afirmou que essa operação foi desencadeada e visa combater fraude em concursos públicos no Piauí. “É uma operação que é coordenada pelo GREGO, divisão de corrupção e conta com todo apoio do Núcleo de Inteligência e Secretaria de Segurança Pública”, declarou.
Segundo ele, 18 pessoas já se encontram presas e é uma das maiores operações da Polícia Civil do Piauí. “É uma das maiores operações que já fizemos na Polícia Civil, algo em torno de 200 policiais estão envolvidos e vamos desarticular um bando criminoso que vinha agindo no Piauí. A operação se concentra só na capital. As equipes estão em campo, e vamos continuar dando respostas. Tem pessoas que só vivem disso, todo concurso elas procuram um jeito de tentar burlar o certame, tem uns que já foram presos anteriormente em operações do GRECO e tem outros que se envolveram na questão de ser piloto, de passar o gabarito”, disse.
O delegado Carlos César, coordenador do GRECO afirmou que alguns presos são os mesmos envolvidos na operação Veritas onde a polícia prendeu uma quadrilha envolvida no concurso do Tribunal de Justiça do Piauí. “Esse ano nós executamos uma operação que prendeu indivíduos fraudando concurso do Tribunal de Justiça e toda apuração realizada detectou uma organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos no Piauí. A investigação feita levou a conhecimento que já tinha ocorrido anteriormente a fraude do concurso do Corpo de Bombeiros a partir dai o delegado Cledison passou a emitir vários mandados, passamos a colher novas provas, tudo em conjunto e com apoio do Corpo de Bombeiros através do próprio Núcleo de Promoções de Concurso da Uespi, se chegando ao conhecimento de que os gabaritos de todos esses indivíduos seria quase idêntico, fora isso temos um trabalho que identificou contatos telefônicos entre eles no dia da prova em 2014. Inclusive temos um advogado preso que foi o mesmo preso na Operação Veritas”, afirmou.
“Muitos deles foram presos no concurso do TJ, liberados posteriormente por ordem judicial e agora presos novamente por ser detectado que é mesma organização criminosa fraldando o concurso do Corpo de Bombeiros que ocorreu no ano de 2014, então o caso do Corpo de Bombeiros ocorreu antes do TJ, mas só veio a conhecimento da polícia posteriormente. Foi a investigação do concurso do TJ que levou a polícia a descoberta da fraude do Corpo de Bombeiros”, declarou.
Sobre uma possível anulação do concurso, o coordenador não soube responder. “A anulação não cabe a Polícia Civil, é uma medida administrativa, cabe ao Governo do Estado e ao comando do Corpo de Bombeiros”, finalizou.
Fonte: Meio Norte