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O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto) caiu 0,51% em maio, na comparação com o mês anterior, após subir 0,03% em abril, informou o BC nesta quinta-feira (14). A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os meses de abril e maio.

O resultado é pior que o esperado por analistas consultados pela agência de notícias Reuters, que previam estabilidade do índice. 

Na comparação com maio de 2015, o indicador registrou tombo de 4,92% e, em 12 meses, acumula queda de 5,43%.

Fraqueza da economia

Em maio, os principais setores da atividade econômica do país ainda davam sinais de fraqueza. A produção industrial, por exemplo, ficou estável sobre abril, resultado melhor do que o esperado, mas que interrompeu dois meses seguidos de alta.

O varejo, no entanto, obteve seu pior desempenho histórico para maio, com queda de 1% sobre abril, enquanto o setor de serviços ficou praticamente estável no período.

Apesar dos sinais ainda não estarem apontando de maneira consistente para a chegada ao fundo do poço, economistas têm sucessivamente melhorando suas projeções para o tombo da economia neste ano.

O diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, disse que “a despeito dessa queda em maio, esperamos recuperação da indústria e do setor de serviços em junho, reforçando nossa expectativa de estabilidade da atividade no trimestre passado”.

IBC-Br

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Fonte: Uol