O professor Renato Santos, economista e administrador, foi o entrevistado desta segunda-feira (03) no Jornal da Costa Norte. Durante a conversa com o apresentador Helder Sousa, ele abordou a situação política atual do Brasil, bem como suas implicações na sociedade, a começar pela composição do governo de Jair Bolsonaro.
Sobre o número de ministérios que formarão a próxima gestão do Poder Executivo Federal, o professor foi taxativo. “Essa questão da quantidade, em torno de 20 ministérios, pode até ser superada. Mas o importante na verdade é que realmente funcionem. Eu entendo que os nomes escolhidos até agora são capacitados”, afirmou.
Especificamente sobre o futuro ministro da Educação, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, Renato Santos pontuou: “A questão de ser estrangeiro não o desmerece em sua capacidade à frente da pasta. O importante é que ele venha a seguir a orientação do presidente Bolsonaro, levando avante uma reforma na educação brasileira”.
O professor citou ainda três pontos os quais ele considera fundamentais para o próximo governo. “A economia, a segurança e a saúde. Esses três pilares precisam ser bem sedimentados para que proporcione as condições de mobilizar em torno das demais áreas, como das contas públicas, que passam por uma série de cuidados necessários”, disse.
Indo mais a fundo, Renato Santos colocou a reforma da previdência como o grande gargalo a ser enfrentado. “A maior dificuldade é conseguir não prejudicar ninguém e que, sobretudo, possam cortar privilégios. Não há condições de que esse país continue com privilégios como aposentadorias de valores até mesmo acima do teto”, ponderou.
Por fim, o professor fez uma perspectiva para o cenário econômico que se desenha para os próximos tempos. “Num primeiro instante o que se percebe é que o futuro presidente está procurando fazer mudanças e isso é positivo. O gestor da economia (Paulo Guedes), seguindo as diretrizes do presidente, pode levar a um bom resultado”, finalizou.