Após a determinação do Tribunal de Justiça do Piauí, por meio da 6ª Câmara de Direito Público, pelo fim da greve dos professores da Rede Estadual de Educação e o retorno imediato às atividades, os professores decidiram encerrar o movimento paredista e as aulas devem ser retomadas a partir desta sexta-feira (24), em todo o Piauí. A decisão da categoria foi tomada em assembleia geral realizada durante a madrugada desta quinta-feira (23).
De acordo com o vice-presidente do Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Kássyus Lages, a categoria decidiu acatar a decisão judicial e aguardar o cumprimento do acordo firmado pelo Governo do Estado, que se comprometeu dar os reajustes dos professores em maio deste ano na folha de pagamento de agosto, bem como as diferenças na folha do mês de setembro. Os pagamentos deverão ser efetivados a partir do final deste mês.
“Nós entendemos que saímos vitoriosos porque o Estado sai com a obrigação de cumprir o pagamento do retroativo até setembro, e se não cumprir há uma multa de R$ 30 mil para o governador do Estado e não mais para o Governo”, destaca o vice-presidente do Sinte, acrescentando que, caso o acordo não seja cumprido, o movimento paredista deverá ser retomado.
Com o fim da greve, as escolas devem reformular o calendário escolar e repor as aulas suspensas devido à paralisação. A previsão é de que em algumas escolas as aulas se prolonguem até o mês de março de 2019. “Algumas escolas pararam 100%, outras pararam parcialmente e outras não pararam. Por isso, o calendário será reformulado de acordo com a participação de cada escola na paralisação”, explica.
Entenda
Na última terça-feira (21), o Tribunal de Justiça do Piauí determinou o fim da greve dos professores da Rede Estadual de Educação e o imediato retorno às atividades na educação básica do Piauí. A decisão foi tomada em despacho do desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, atendendo a um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Os professores da Rede Estadual paralisaram as atividades docentes por pouco mais de dois meses, reivindicando reajuste salarial de 6,91% aos docentes e de 3,95% aos demais trabalhadores da educação. A greve, que teve início em fevereiro, havia sido suspensa após acordo com o Governo e retomada no mês de junho sob a alegação do não cumprimento do acordo firmado entre o Governo do Estado e a categoria.
Fonte: Portal O Dia