Promotor fala da ligação dos Casos Décio e Júnior Brasil

O promotor João Mendes Benigno Filho falou em tom de preocupação sobre a influência da quadrilha que matou o jornalista Decio Sá. Em entrevista à imprensa de Teresina, ele disse que a ligação das mortes com o Piauí é algo ‘preocupante não só no estado, mas para todo o Nordeste’

Jhonatan de Sousa Silva, 24 anos, o pistoleiro que assassinou o jornalista Décio Sá no dia 23 de abril deste ano, em São Luis, capital do Maranhão, vem responder no Piauí por outro crime: o assassinato, no dia 31 de Março, do suposto corretor de carros Fábio Brasil dos Santos, o Junior Brasil. Esse crime ocorreu na Avenida Miguel Rosa e a polícia piauiense descobriu que Fábio não foi morto apenas por dívidas e sim por que passava para Décio informações sobre as manobras internas da organização criminosa da qual participava.

O delegado Edvan, que é titular do 6º Distrito, foi designado para investigar a morte de “Júnior Brasil” porque, antes do crime, já vinha levantando suas atividades em Teresina, descobrindo inclusive seu relacionamento com prefeituras municipais. “Até a merenda escolar está envolvida nessa máfia” – afirma o promotor João Mendes, que é indicado pelo Ministério Público Estadual para acompanhar todos os levantamentos realizados pelo delegado Edvan Botelho, designado em caráter especial para investigar a morte de Júnior Brasil.

O pistoleiro Jhonatan confessou o assassinato de “Júnior Brasil” em Teresina e por causa disso ele terá que vir ao Piauí para prestar declarações. A grande preocupação do promotor é com relação à segurança do acusado que certamente está na mira da chefia da organização de outros “clientes” que já recorreram a seus serviços. É por isso que o promotor se preocupa, pois o bando move milhões em dinheiro e, não só deve ter influência no Piauí e no Maranhão, como também em outras regiões do Nordeste.

Com informações do 180 Graus