Apesar da tentativa do governo de querer evitar mais uma paralisação dos médicos da rede estadual de saúde, a categoria afirma que só avaliará a proposta das Secretarias de Saúde, Administração e Fazenda na quarta-feira (17).
“O governo nos apresentou uma proposta no sábado (13), mas só podemos discuti-la após 72 horas, que é o prazo de publicarmos edital de convocação e chamar toda a categoria dos médicos para decidirmos sobre a greve em assembleia extraordinária”, explica o tesoureiro do Sindicato dos Médicos do Piaui (Simepi), Renato Leal.
Entre os oferecimentos do Governo estão a implantação da progressão da carreira médica (50% em dezembro e os demais 50% em junho de 2016), contemplando todos os profissionais da categoria. Quanto aos vencimentos, o Estado propôs que sejam escalonados em três etapas, iniciando as negociações em janeiro de 2016.
O secretário estadual de Saúde, Francisco Costa, avalia que a reivindicação dos profissionais é justa, visto que, desde 2010, não há a implantação da progressão da carreira da categoria. “No entanto, diante da situação financeira do Estado e o risco da extrapolação da Lei de Responsabilidade Fiscal de gasto com pessoal, buscamos sensibilizar o sindicato para que nossa proposta seja aceita. Não vamos fugir dos problemas, mas também não podemos prometer o que não pode ser cumprido”,declara o gestor.
Com a greve, os atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas estão sendo prejudicadas. Para se ter uma ideia, na primeira paralisação da categoria, ocorrida nos dias 1, 2 e 3 de junho, cerca de 1.200 atendimentos no Laboratório Azul do Hospital Getúlio Vargas tiveram que ser remarcadas. Por conta da greve, os procedimentos estão sendo reagendados, de acordo com calendário a ser divulgado pelos hospitais.
Entre os hospitais atingidos pelo movimento grevista estão: Hospital Areolino de Abreu, Hospital Infantil Lucídio Portella, Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, e Maternidade Dona Evangelina Rosa.
Fonte: Meio Norte