O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, coordenou nesta quinta-feira (6), em Brasília (DF), uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e os secretários de Segurança dos estados nordestinos.

O encontro, que teve também a participação do secretário da Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, discutiu medidas conjuntas de combate ao crime organizado, o Projeto de Lei Antifacção, a PEC da Segurança Pública e o reforço de recursos federais para investimentos no setor.

Como presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles destacou a importância da integração entre os estados e o Governo Federal como o principal caminho para resultados efetivos.“Talvez o item mais importante no combate à criminalidade organizada seja a integração das forças — especialmente de dados, informações e inteligência. É dessa forma que vamos conseguir enfrentá-la com eficiência”, afirmou o governador.

Fonteles também citou o exemplo do Piauí, que deflagrou recentemente a Operação Carbono Oculto 86, como modelo de ação coordenada entre diferentes órgãos.“Essa operação demonstra que, com integração e inteligência, podemos estar à frente no combate à criminalidade, asfixiando o poder financeiro das organizações. Muitas delas atuam não só no tráfico, mas também em setores da economia real, como o de combustíveis. É um caso de sucesso que pode inspirar outras operações integradas em todo o país”, completou.

O ministro Ricardo Lewandowski elogiou a articulação dos governadores do Nordeste e reafirmou a necessidade de atuação conjunta.“Queremos unir os estados em torno da segurança pública. O crime hoje é global, ultrapassa fronteiras estaduais e exige integração. Sem troca de informações e intercâmbio de dados, não há combate efetivo ao crime organizado”, destacou o ministro.

Durante a reunião, Rafael Fonteles reafirmou o apoio do Consórcio Nordeste às propostas do Governo Federal, entre elas a PEC da Segurança Pública, o Projeto de Lei Antifacção e outros nove projetos de lei consensuados pelos 27 secretários estaduais de segurança. “Esses 11 projetos aperfeiçoam a legislação e fortalecem a luta contra o crime organizado. São prioridade para nós, governadores do Nordeste”, reforçou.

O governador defendeu ainda a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública, comparando a medida ao modelo do Fundeb. “Assim como o Fundeb garantiu mais investimentos da União na educação, precisamos fortalecer a segurança pública com um fundo estável e com mais participação federal. O Piauí utiliza todos os recursos disponíveis, mas a ampliação é essencial para todos os estados brasileiros”, concluiu Rafael Fonteles.