Francisco de Assis Pereira da Costa, acusado de provocar a morte de oito pessoas por envenenamento no Piauí, foi considerado mentalmente são. A informação foi confirmada pelo diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Antônio Nunes, nesta terça-feira (02).

A audiência de instrução e julgamento, que ocorreria no final de julho, foi remarcada para o próximo dia 5 de setembro. O adiamento aconteceu a pedido da Defensoria Pública, que solicitou um exame de sanidade mental de Francisco. O juiz responsável pelo caso, Willmann Izac Ramos Santos, aceitou o pedido, e a sessão não poderia acontecer sem o laudo. Como Francisco e Maria dos Aflitos da Silva, apontada como cúmplice, respondem ao mesmo processo, a decisão foi adiar a audiência para todos.

A fase de instrução é crucial no processo judicial. É quando o juiz ouve testemunhas, peritos e as próprias partes envolvidas, além de analisar as provas reunidas, para formar uma compreensão completa antes de qualquer decisão.

O exame de sanidade foi realizado no início de agosto. Entre os depoimentos coletados pelo IML de Teresina, está o de uma adolescente de 17 anos, parente de sete vítimas e sobrevivente do envenenamento. Também prestaram depoimento Maria dos Aflitos, um irmão de Francisco e a mãe do réu, ouvida em Fortaleza, no Ceará. Segundo o diretor do IML, os depoimentos ajudam a traçar o perfil do acusado e contribuem para o diagnóstico psicológico, quando necessário.

O prazo legal para emissão do laudo é de 45 dias, mas o caso foi priorizado devido à prisão do réu. Com o resultado em mãos, a audiência agora deve ocorrer nesta sexta-feira (5).