A realidade da cera da carnaúba no estado do Piauí foi tema de encontro realizado na quinta-feira (24) entre o superintendente da SRTE/PI, Philippe Salha, e produtores da região sul do estado, com participação também de representantes do Núcleo de Apoio às Atividades de Fiscalização (NAAF).
Em cenário nacional, a produção do pó de carnaúba chegou a ser a maior do País, segundo último censo divulgado pelo IBGE no ano de 2015, alcançando uma produção de 12.439 toneladas, tendo grande importância no crescimento financeiro do Piauí.
Produtores da cera da Carnaúba – Preocupados com a organização e regulamentação dessa atividade os produtores das cidades de Floriano e Oeiras discutiram medidas para organizar e facilitar o cultivo, a produção e assim continuar mantendo a extração do produto de forma legal. Lindon Átila, produtor, apresentou as dificuldades vividas no setor: “Estou aqui para informar as transformações e regularizações por parte dos trabalhadores. Lutamos pela união de toda a cadeia produtiva para o melhoramento dessa atividade”. Para Átila, a participação do Ministério do Trabalho é fundamental para atuar na fiscalização. “A concorrência é desleal, não temos sindicatos no estado para uma representação”, disse.
O superintendente ouviu as reivindicações dos produtores e ficou de buscar um caminho aos impasses apresentados. “O Ministério do Trabalho está preocupado com o rumo da produção da cera de carnaúba. São mais de 100 mil trabalhadores e 400 mil famílias que vivem dessa atividade”, disse Salha.
Segundo Phillippe Salha, a preocupação maior é manter essa produção nos períodos mais difíceis, que são os períodos de seca. “Vamos atuar de forma conciliadora junto a indústria, produtor, trabalhador, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e governo do Estado”, salientou.
“Participamos da reunião com intuito de orientar acerca da atuação do Ministério do Trabalho a respeito de condições trabalhistas”, informaram os representantes do Núcleo de Fiscalização do Trabalho, Luciana Leal e Matheus Castro.
Fonte: MTE