O vereador de Parnaíba, Ronaldo Prado, foi o entrevistado do Jornal da Costa Norte nesta quarta-feira (16). Na ocasião, o tema central abordado foi o processo de municipalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário. Desde o final de 2018, a prefeitura tenta tirar da Agespisa as atribuições para a prestação do serviço, situação que tem causado impasse judicial entre os poderes municipal e estadual.
De início, o vereador afirmou que a forma como a municipalização foi feita, através de decreto do prefeito Mão Santa, causou espanto por não esclarecer todos os pontos da questão. “Hoje foi editado um novo decreto já determinando a empresa que vai assumir o serviço: a Água Forte, de São Paulo. Esta empresa é investigada por fraude em licitação e por isso não tem nenhuma índole pra chegar a Parnaíba”, disse.
Ronaldo Prado argumenta também o projeto de municipalização foi enviado para a Câmara Municipal de Parnaíba “a toque de caixa”, para ser aprovado às pressas. A matéria, no entanto, acabou recebendo várias ementas com intuito de modificar o propósito. Ele ressalta ainda que o Tribunal de Justiça do Piauí realizará uma audiência no próximo dia 29 para ouvir as partes envolvidas e discutir o caso.
“Eu acho que tem que haver diálogo, tem que ser reavaliado e haver uma transição adequada. Um projeto desses não pode ser entregue de mãos beijadas, pois existem investimentos como a adutora do litoral, orçada em R$ 50 milhões e que falta menos de 30% para ser concluído e isso iria prejudicar toda uma região. Acredito que não é viável, pois os custos seriam elevados na taxa de água”, pontuou o vereador.
O abastecimento de água para a zona rural de Parnaíba e região foi outro questionamento feito por Ronaldo Prado. Segundo ele, vários povoados ficarão sobre risco de não serem atendidos caso uma empresa assuma os trabalhos da Agespisa. “Sabemos que existem muitas deficiências sim, mas acho que nós temos que trabalhar essas deficiências e estamos cobrando do governo e da direção da Agespisa”, finalizou.