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 No meu artigo anterior escrevi brevemente aos parnaibanos, meus amigos e leitores, sobre Dois Portos Marítimos – Luiz Correia e Timonha.

Hoje escreverei sobre esses Portos Marítimos, incluindo Tutoia e Camocim, os quais estão situados no litoral do Maranhão e Ceará, abrangendo assim a chamada ROTA das EMOÇÕES, sob o ponto de vista turístico.

O Governador Wellington Dias, do Piauí, e os Governadores do Maranhão e Ceará, segundo notícias da televisão e dos jornais de Teresina e Parnaíba, reunidos para tratar de assuntos ligados à Rota das Emoções, decidiram que o Porto de Luiz Correia seria o Porto Pesqueiro!

A totalidade dos  residentes nos municípios do Norte do Piauí, incluindo a nossa Invicta Parnaíba, ficou decepcionada com essa decisão, e com justa razão, pois a matéria do Porto do Piauí é antiga, da ordem de 115 anos, a partir de 1900, quando foi iniciada a 1ª Campanha Cívica PRO-PORTO DO PIAUÍ, então capitaneada pelo notável piauiense, ex-Presidente da Assembleia Legislativa Estadual e ex-Prefeito Municipal de Parnaíba, Jonas de Moraes Correia, cuja Praça que tem o seu nome, foi desobstruída, recentemente, livre de barracas de pequenas vendedoras, graças à ação do Prefeito Florentino Verás.

Os dirigentes dessa notável Campanha Cívica estão citados, com outros, em uma placa de aço inoxidável, em um dos prismas triangulares do Centro Cívico localizado na Praça Santo Antônio.

A Campanha Cívica Pró-Porto não obteve êxito, o que não ocorreu com as outras: Pró-Navegação do Rio Parnaíba e Pró- Ferrovia Central do Piauí.

Empresas de navegação fluvial se estabeleceram e obtiveram êxito até 1940/1950, quando as carretas e caminhões se deslocaram para o interior e para o Porto, com êxito, pela velocidade e entrega de produtos a comerciantes exportadores ou industriais.

Quanto à Ferrovia, o Coronel Jonas manteve contatos na Europa, dos quais resultou o início da construção da EFCP,em Luiz Correia, então Amarração, em direção Campo Maior, passando por Parnaíba, Cocal, Piracuruca e Piripiri.

A 2ª Campanha Cívica pelo Porto Marítimo, de 1917 a 1922, de curta duração, foi conduzida pelo dedicado então Presidente da Associação Comercial de Parnaíba, Senhor Armando Madeira, contando também com Dr. José Pires de Lima Rebelo, e outros.

Como resultado dessa Campanha, o então Presidente da República Epitácio Pessoa fica favorável e determinou remessa de sacos de cimento, ferragens e pedras que foram colocados no litoral do Piauí, na então Amarração.

Em 1950, o ilustre e sempre lembrado político gaúcho Getúlio Vargas, em campanha eleitoral, visitando Parnaíba, hospedou-se na residência do Prefeito João Orlando Moraes Correia, e compareceu ao comércio na Praça da Graça, e, no coreto metálico daquela época, discursou ao povo parnaibano que lotava aquele logradouro, e, atendendo sugestão do brilhante político parnaibano Chagas Rodrigues, assegurou aos presentes que determinaria. Início das obras do Porto de Luiz Correia, o que ocorreu em 1953, construindo-se o molhe de pedras da pequena cidade à praia de Atalaia, numa extensão de 3 km, penetrando no oceano buscando atingir calado no oceano para locar o ancoradouro dos navios.

Na mesma época, a Empresa Moraes assumiu financiamento bancária no Banco do Brasil para expandir sua produção industrial de óleo de babaçu e cera de carnaúba, em suas Usinas São José e Alberto Correia, visando aquisição da moderna instalação Anderson Super-Duo, para produção de óleos vegetais, principalmente óleo babaçu. Tendo em vista a elevação da produção desses óleos vegetais, o Presidente José de Moraes Correia, em seguida, viajou à França e adquiria em Marselha o navio tanque ANA, que servia às tropas na Segunda Guerra Mundial para transporte de água.

O navio ANA foi batizado posteriormente com o nome JOZIAS MORAES, pai de ZECA CORREIA, em sua homenagem como um dos fundadores, em 1904, da firma Ribeiro Moraes Santos, da qual surgiu Moraes S.A.

O navio Jozias Moraes, com 800 toneladas de capacidade em óleo babaçu, realizando 10 viagens anuais, entre o Porto de Luiz Correia e o Porto do Rio de Janeiro, de 1955 a 1970, durante 15 anos, comprovando que o Porto era viável, mas não resistiu, anos depois, à concorrência, no Rio de Janeiro, do OLÉO de SOJA, cujo preço era muito inferior ao OLÉO de BABAÇÚ.

O artigo está se alongando além do razoável, e ainda teria comentários outros dados sobre o Porto de Luiz Correia tais como:

Modelo reduzido do Porto realizado no Rio de Janeiro, sob a direção de Engenheiro Mariott Pires de Lima Rebelo;

Nova decisão sobre o local do Porto Marítimo do Piauí;

Segundo Ancoradouro do nosso Porto com calado da ordem de 20 metros.

É preciso concluir, mas não poderei deixar de registrar a recente VISITA à EMBAIXADA DO JAPÃO, em Brasília, pelo Governador Wellington Dias, do Piauí, entendendo-se com o Senhor atual Embaixador do Japão. O Governador, segundo a notícia dos jornais de Teresina, reportou-se: à produção importante de SOJA no sudoeste do Piauí e sudeste do Maranhão; a possibilidade do transporte pelo Rio Parnaíba; as nossas riquezas minerais de Ferro e Níquel.

Claro, senhores, a SOJA que descer a Hidrovia do Parnaíba, com as ECLUSAS, não concluídas ainda em Boa Esperança, chegará ao mar no Porto de Luiz Correia, cuja conclusão foi assegurada pelo Governador Wellington Dias e pelo Presidente Dilma Rousseff, em Parnaíba, mais de uma vez.

O Piauí não pode esperar nem solicitar. O Piauí exige conclusão do Porto de Luiz Correia, a qual deverá ser realizada com Recursos Federais, ou com Recursos Externos dos países importadores interessados na nossa soja e nos minérios e agora, notícia de última hora nos DIAMANTES descobertos em Gilbués.

Até outra vez. O meu próximo artigo deverá ser sobre o Rio Parnaíba – maior riqueza do Piauí, neste mundo sem água suficiente para beber.

P.S. Não poderei concluir, sem divulgar uma excelente notícia através da internet, de noticiário comprovado: no sul do Piauí; região de Gilbués, foram descobertas jazidas de diamantes, em quantidade e qualidade, maiores e melhores que as da Austrália, e concorrentes às da Rússia.

Parabéns Gilbués – Diamante do Brasil.

O Piauí é uma região rica pela SOJA, minérios de FERRO e NÍQUEL e agora pelos DIAMANTES.

Piauí exija os dois PORTOS LUIZ CORREIA e TIMONHA.

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