manhã amena manhã eu em rede
em armador ao ar livre armada
céu de chumbo sem chuva manhã
em meio a jarro planta parede
espirais de fumaça Dunhill
a partir de pulmão e goela
espumas de neve sobre cerveja
em borda de taça de cristal
ao lado Luna york shire linda e eu
coroado de espirais e de espumas
na ebriedade de cerveja e fumo
sozinho sossegado releio
em plúmea manhã de céu plúmbeo
as “Flores do Mal” de Baudelaire.
Por Alcenor Candeira Filho