O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo passará para R$ 1.621 em 2026, um acréscimo de R$ 103 em relação ao valor atual. O novo piso começa a valer em janeiro do próximo ano, sendo aplicado no pagamento de fevereiro.

A atualização segue a política de valorização que utiliza dois indicadores: a inflação medida pelo INPC acumulada em 12 meses até novembro e o crescimento do PIB de dois anos antes. Para 2026, o PIB considerado foi o de 2024, que registrou expansão de 3,4%.

Uma lei aprovada em dezembro de 2023, porém, impõe um limite ao ganho real, restringindo esse percentual a 2,5% para manter a regra compatível com o arcabouço fiscal. Com isso, o reajuste final do piso será composto por 4,4% de inflação e 2,5% de aumento real.

Enquanto isso, o Dieese aponta uma grande distância entre o valor oficial e o que seria necessário para atender plenamente as necessidades de uma família de quatro pessoas. De acordo com a entidade, o salário mínimo ideal deveria ter sido de R$ 7.067,18 em novembro, montante capaz de garantir despesas básicas como alimentação, moradia, saúde, transporte, lazer e educação, conforme previsto na Constituição.