A atenção primária é o primeiro cuidado com a saúde da população no que diz respeito à promoção e proteção, ela atua como um filtro que consegue evitar que pequenos problemas de saúde se agravem, resolvendo cerca de 85% dos problemas que surgem sem a necessidade de encaminhamento para a atenção especializada, com preservação da saúde individual, mas se houver, a rede assistencial do Piauí deve estar bem estruturada.
Sabendo da importância de uma boa estruturação da atenção básica no Piauí, o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, acompanhou, nessa quarta-feira (29), o Seminário de Avaliação Integrada que marca o ciclo de capacitações e qualificações desenvolvidas nos 11 municípios da Planície Litorânea por meio da Planificação em Atenção Primária.
A planificação consiste na efetiva integração entre a Atenção Primária e Atenção Ambulatorial Especializada, focando nas Redes de Atenção à Saúde. Para isso, propõe o fortalecimento entre as equipes para os melhores cuidados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A reestruturação na atenção básica traz um reflexo positivo na vida dos usuários do SUS, teremos os hospitais mais vagos, porque, quando a gente implanta um modelo que integra a atenção primária a outros níveis de assistência à saúde, os níveis de mais complexidade têm mais tranquilidade de exercer sua função com mais competência”, disse o secretário.
A segunda etapa da planificação continuará em março do próximo ano com acompanhamento de tutorial aonde serão qualificados tutores do Estado e dos municípios para desenvolverem todo o processo de reorganização do trabalho da atenção primária. No Seminário de Avaliação Integrada, representantes de todos os 11 municípios envolvidos mostraram o resultado das discussões nas oficinas de trabalho e os impactos nas realidades de cada um.
“Com isso, pretendemos dar uma nova cara e ter uma nova realidade ao fazer da atenção primária, a ponto de cada município saber estratificar e classificar o risco de seus pacientes crônicos, realizando o acompanhamento e desenvolvimento do pré-natal de mães e de crianças até dois anos de vida”, explica Cristiane Moura Fé, superintendente de Atenção Integral à Saúde.
O processo da planificação envolveu assiduamente, só nos municípios da Planície Litorânea, 706 profissionais de saúde em todas as oficinas realizadas.
Na prática, com a planificação, reorienta efetivamente o papel da Atenção Primária, ou seja, focada nos cuidados ao usuário do SUS, “daí, a grande importância da atenção primária por ela atuar de maneira preventiva visando à integralidade, postergando ou evitando as doenças e permitindo melhores condições de vida e isso também tem a ver com os gastos com saúde, a amplitude da cobertura desses serviços à população e a educação social ou a consciência e responsabilidade de cada um para com a sua saúde”, explica o consultor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Eugênio Villaça, que na solenidade de encerramento ministrou palestra magna.
Para Gilmária Cardoso, enfermeira da Estratégia em Saúde da Família de Cocal, “houve um avanço estratégico que teve um impacto muito grande para mudar nossa realidade”, disse a profissional.
No Piauí, a Planície Litorânea foi a primeira região a ser aplicada a metodologia, vez que já fez a adesão às Redes de Atenção, dentre elas a de Urgência e Emergência, Cegonha, Pessoas com Doenças Crônicas, além de sediar uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), contando também com faculdades e universidades que formam profissionais na área de saúde.
Fonte: CCOM