No ano passado foram mais de 25 mil operários que perderam o emprego. Em 2015, houve meses que ocorreram 120 rescisões trabalhistas por dia.
Uma notícia sempre dura de ouvir, a de que não há vagas. Essa é a resposta ouvida por muitos trabalhadores da construção civil, setor que está entre os que mais demitem no Piauí. Somente no ano passado, mais de 25 mil operários que perderam o emprego.
No Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil houve meses do ano passado em que ocorreram cerca de 120 rescisões trabalhistas por dia. Essas demissões eram normais, mas antes da crise econôamica ocorriam muitas contratações. O problema agora e que não estão surgindo novas vagas.
“A gente percebe as demissões todos os dias, mas não vemos nenhuma perspectiva de obras para gerar emprego aos pais de família que dependem disso. O mercado está carente de contratações e isso gera uma crise no setor também”, disse Carlos Magno Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil.
Quando comparados os percentuais de demissões do nacional com o local, existe uma grande diferença. No Brasil, o percentual de vagas fechadas foi de 14,56%. Já no Piauí, esse número foi de 23%.
“Primeiro houve uma redução muito brusca de obras no Programa Minha Casa Minha Vida, com pessoas que ganham até R$ 1.600 e a redução das obras da Transnordestina, que talvez seja a maior obra do Piauí atualmente”, afirmou André Baia, presidente Sindicato da Indústria da Construção Civil.
Outro ponto negativo para o Piauí foi a inflação de janeiro para o setor da construção civil. No país, o índice foi de 0,55%, já no Piauí foram de 4,62%, o maior índice do país.
Fonte: G1