O volume do setor de serviços recuou 0,8% em outubro, na comparação com setembro, segundo informou nesta sexta-feira (15) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, acumula baixa de 3,4% e, em 12 meses, de 3,7%.
“O setor de serviços, como é predominante prestado para empresas, depende de uma retomada maior por parte das empresas dos níveis de contratação de serviços, como os de telecomunicações, de projetos. Uma vez que as empresas recuperem sua capacidade de investimento, elas tendem a retomar a contratação de serviços”, disse Roberto Saldanha, analista da coordenação de serviços e comércio do IBGE.
O resultado de outubro contra setembro foi puxado, principalmente, pela diminuição dos serviços prestados às famílias, que recuaram 2,3%. Também caíram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-1%) e outros serviços (-0,1%). O agregado especial das atividades turísticas recuou 1,5%.
Segundo Saldanha, a queda no volume de serviços prestados às famílias foi “pontual”. “Se você observar a série, os serviços prestados às famílias vinham apresentando resultados bem positivos. O setor de serviços tem tem oscilações. O mês de outubro não é um mês em que as pessoas viajam muito, por exemplo. Tanto que a maior queda foi no segmento de alongamento e alimentação.”
Estados
Os estados que registraram as maiores quedas no volume de serviços prestados foram Piauí (-5,3%), Ceará (-4,9%) e Acre (-3,5%). Por outro lado, houve alta na Bahia (2,8%), em Sergipe (2,5%) e no Distrito Federal (1,6%).
Quanto às atividades turísticas, o volume de serviços aumentou no Rio Grande do Sul (3,7%), na Bahia (1,7%), no Espírito Santo (1,4%) e em Minas Gerais (0,3%). As quedas partiram do Paraná (-3,4%), de São Paulo (-2,4%), de Santa Catarina (-2,1%), do Rio de Janeiro (-2,0%), de Pernambuco (-1,9%), do Ceará (-1,4%), de Goiás (-1,2%), e do Distrito Federal (-0,6%).
Um ano atrás
Na comparação com outubro do ano passado, a queda foi de 0,3%. Desde abril de 2015, na base de comparação mês contra igual mês do ano anterior, foi a primeira queda abaixo de 1%. O analista ponderou que ao analisar o resultado, deve-se considerar a base de comparação baixa, já que em outubro do ano passado a queda havia sido muito mais intensa, de 7,6%.
O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, cresceu 8,4% e contribuiu para que a retração do índice de serviços não fosse maior. Também recuaram serviços profissionais, administrativos e complementares; serviços de informação e comunicação e outros serviços.
Fonte: G1