O caminho até o Japão passa pela Coreia do Sul, mas antes pela Argentina. Nesta quarta-feira, a seleção brasileira faz o grande clássico das Américas contra a albiceleste, em confronto decisivo na briga por uma das quatro vagas no Mundial da categoria, em maio, na Coreia. Se vencer a grande rival (que emprestou seus uniformes para o Atlético Tucumán nesta terça), a equipe de Rogério Micale deixará a classificação encaminhada. Caso conte também com um eventual tropeço do líder Uruguai diante da Venezuela no jogo anterior, o Brasil chegará a última rodada com chances de título. A bola rola às 23h30 (de Brasília) no Estádio Atahualpa.
– Primeiro estamos focados na vaga para o Mundial. Desde o início com o Micale, sempre conversamos que já era uma preparação para a Olimpíada de Tóquio. Depende de cada um chegar até lá, mas conversamos da nossa importância de levar as coisas a sério. Temos chances de estar nas Olimpíadas – disse Lyanco, um dos destaques desta equipe de Rogério Micale.
Como essa geração é formada basicamente por atletas nascidos em 1997 e 1998, todos têm condições de disputar os Jogos de Tóquio. Afinal, não terão passado dos 23 anos até 2020. E Micale sabe bem disso…
– Será essa geração apta a jogar nos próximos Jogos Olímpicos. O trabalho começa agora, com essa geração, de jogadores nascidos em 97. São jogadores que começam o trabalho visando Tóquio, em 2020. Eles terão idade para estar lá. O trabalho começa agora, e terá uma sequência de quatro anos visando chegar lá no Japão – disse o treinador, que está liberado para ficar à beira do gramado após cumprir um jogo de suspensão contra a Vinotinto.
A disputa pela classificação ao Mundial é a seguinte: após a vitória sobre a Venezuela, o Brasil segue na quarta colocação, agora com quatro pontos (Equador e Venezuela têm a mesma pontuação, mas levam vantagem no saldo de gols). Como a quinta colocada Argentina tem três, um triunfo brasileiro nesta quarta deixará a vaga praticamente encaminhada – inclusive, se a lanterna Colômbia não vencer o anfitrião Equador, os três pontos já bastam para levar a Seleção à Coreia do Sul.
Reforços na defesa
Em relação ao título, a tarefa é mais complicada. O líder Uruguai, com quem os brasileiros tiveram problemas no último domingo no vestiário do estádio de Quito, soma nove pontos e está a dois empates do título. Ou seja, para continuar sonhando com a taça, a Seleção tem que vencer de qualquer forma e ainda torcer para que o Uruguai não vença a Venezuela às 21h45 (de Brasília).
Para a quarta – e penúltima – rodada do Sul-Americano, o Brasil poderá contar novamente Lucas Cunha, Guilherme Arana e Lyanco, que estavam suspensos na vitória sobre a Venezuela. Desses, os dois últimos devem voltar ao time nas vagas de Rogério e Gabriel (agora suspenso), respectivamente.
Assim, se Micale manter a equipe que vem jogando neste hexagonal final, a expectativa é que o time vá a campo com a seguinte formação: Lucas Perri; Dodô, Lyanco, Léo Santos e Guilherme Arana. Maycon, Caio Henrique e Matheus Sávio; Richarlison, David Neres e Felipe Vizeu.
Fonte: Globo Esporte