O presidente Donald Trump voltou a agitar o cenário global ao assinar um decreto que eleva para 50% as tarifas sobre produtos importados do Brasil. A medida, que entra em vigor no dia 6 de agosto, foi justificada como uma reação a ações do governo brasileiro que, segundo a Casa Branca, colocariam em risco a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos.

O tarifaço é apresentado como resposta direta a supostas violações de direitos humanos e à censura de empresas americanas no Brasil. O documento cita o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e acusa o governo brasileiro de perseguição política, principalmente a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Também há menção ao caso do blogueiro Paulo Figueiredo, que vive nos EUA e responde a processos por declarações feitas em território americano.

Na prática, o impacto no Piauí pode vir em cadeia. Setores como o agronegócio, a energia solar, a indústria de transformação e o comércio devem ficar atentos. Mesmo com algumas exceções previstas no decreto — como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, fertilizantes e veículos — muitos produtos consumidos no estado envolvem componentes, tecnologias ou serviços americanos. E quando o custo sobe na origem, o efeito é sentido no bolso do consumidor.

Além disso, o aumento nas tensões comerciais pode afetar o escoamento da produção piauiense para mercados internacionais, seja diretamente ou por rotas que dependem de estabilidade nas relações exteriores.

Durante evento recente, o governador Rafael Fonteles comentou os desafios desse cenário: