Em três rodadas, Tite conseguiu a mesma pontuação que Dunga obteve em seis jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. A seleção brasileira tinha 9 pontos quando o novo técnico assumiu. Agora, após a goleada por 5 a 0 sobre a Bolívia, tem o dobro, 18, está na vice-liderança da tabela e mais próxima do objetivo de se classificar para o próximo Mundial.
Enquanto o antecessor obteve 50% de aproveitamento, com duas vitórias, três empates e uma derrota, Tite e sua equipe têm 100%: venceram Equador, Colômbia e Bolívia. Pelas contas dessa atual comissão técnica, faltam 10 pontos para assegurar uma vaga na Copa da Rússia.
Um cenário muito mais otimista que o de meses atrás. A principal razão para a CBF demitir Dunga foi a percepção de que os jogadores não reagiam às orientações. A falta de resultados e a longa permanência fora da zona de classificação para a Copa deixaram os dirigentes preocupadíssimos com a possibilidade do vexame de, pela primeira vez na história, ficar fora de uma Copa do Mundo. Um vexame maior do que o 7×1 na avaliação da entidade.
Na entrevista da véspera do jogo contra os bolivianos, Tite afirmou que com 54% dos pontos estaria classificado. Depois, já longe das câmeras, se corrigiu: 52% é o número correto para ficar entre os quatro primeiros do torneio e não precisar enfrentar um representante da Oceania na repescagem. Ou seja, 28 pontos.
– Nas últimas eliminatórias foi esse o percentual de aproveitamento. Tenho certeza absoluta que com 52% classifica – assegurou.
As contas do treinador são baseadas nas eliminatórias para as Copas do Mundo de 2006 e 2010, neste formato e com a presença do Brasil, que não disputou a classificação para 2014 por ser a sede da competição. Nessas duas ocasiões monitoradas, 28 pontos foram suficientes para ir ao Mundial.
A Seleção terá mais nove jogos para conquistar os 10 pontos que precisa. Em contas simples: três vitórias e um empate. Ainda em 2016, na próxima terça-feira, a Venezuela, em Mérida. No dia 10 de novembro, o clássico diante da Argentina, em Belo Horizonte, e logo depois, no dia 15, o Peru, em Lima.
As seis últimas partidas serão disputadas já em 2017, contra Uruguai (fora), Paraguai (casa), Equador (casa), Colômbia (fora), Bolívia (fora) e Chile (casa).
O primeiro desafio, frente aos venezuelanos, será disputado na próxima terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), em Mérida.
Fonte: Globoesporte.com