Em imagens que circulam nas redes sociais gravadas na última quarta-feira (08), na Praia da Pedra do Sal, em Parnaíba, é possível ver ao longe o que parece ser um furacão. Na verdade trata-se de um fenômeno raro, conhecido como tromba-d’água que consiste na formação de uma coluna giratória composta por grande quantidade de vapor e água, em nuvens espessas que se movem, formando um cone cuja base é voltada para o alto.

 

Apesar do susto – a meteorologista Sonia Feitosa, gerente de hidrometeorologia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), em entrevista ao Portal Costa Norte, afirmou que o fenômeno não oferece maiores riscos. “Quando ela acontece em uma velocidade não tão forte – menos de 100 Km/h, como a que ocorreu nesse caso, a gente chama de redemoinho mesmo. O vento gira em sentido circular dentro dela. É mais forte, claro. Se algum obstáculo interceptar aquela nuvem, pode acontecer algum acidente. Quando essa nuvem acontece na superfície da água, a gente chama de tromba d’água. Essa tromba d’água se forma a partir de uma parcela de ar que tem umidade – e tinha umidade na superfície do mar – essa parcela mais quente se encontra com a parcela mais fria, cai a pressão atmosférica e consequentemente os ventos passam a se movimentar no sentido circular e com a  velocidade maior. Então não teria dano nenhum, no caso dessa da Pedra do Sal, porque além de ter sido em uma velocidade pequena, foi em alto mar, portanto na orla não teria nenhum problema”.

 

Sonia enfatizou sobre o risco de estar em alto mar durante esse evento atmosférico. “Não foi motivo de nenhum risco pra população piauiense a ocorrência daquele sistema que não é tão comum, mas que também pode acontecer. Agora, claro, uma embarcação que fosse interceptar aquela nuvem, sim teríamos problemas. Então não foi tornado, não foi furacão, não foi um ciclone aquilo que aconteceu – até porque furacão e ciclone nós não veríamos assim, não teríamos dimensão ao olhar”.