Coisa Nostra é uma trupe recifense de artes integradas que somente em 2013 circulou todo o Brasil, Uruguai, Argentina e França, lançando a Coisa Nostra, seu novo espetáculo e disco. Com a produção totalmente independente, sem recurso de patrocinadores e incentivos estatais, realizaram mais de 80 apresentações em 60 cidades e 18 estados brasileiros. Toda a itinerância foi realizada de forma terrestre, em uma van com uma minicarreta, onde grupo carrega consigo toda a estrutura necessária para apresentação de seu espetáculo, que vai desde os cenários e instrumentos, aos equipamentos de som e luz. De 2013 para cá percorreu mais de 50 mil km pelas estradas da América do Sul. Para efeitos de comparação, o Equador, linha imaginária que circunda o planeta Terra e o divide em dois hemisférios, possui cerca de 40.025 km de extensão.
Em “Coisa Nostra” o grupo convida o público a conhecer a fantástica cidade de Nostrife – uma ilha que era localizada no Rio Capibaribe e hoje circula por todo o planeta, depois que alguns de seus moradores descobriram uma forma de transportá-la. Na trama Baros, Babi, Lasserre e Well, contam e cantam as estórias dos seres deste lugar encantado. Utilizando as diversas esferas artísticas como a música, o teatro, as artes visuais, a dança e o cinema, o grupo imerge e passeia com os espectadores pelos lugares, tradições e costumes Nostrifenses. O espetáculo é resultado das trocas culturais e das várias parcerias firmadas pelo grupo ao longo de sua história mambembe. Utilizando a fantasia da realidade paralela, “Coisa Nostra” também trata do oficio do artista independente e apresenta um apanhado do que os integrantes absorveram das várias culturas vivenciadas ao longo de suas vidas volantes.
O grupo se apresenta em Parnaíba, pela segunda vez, no dia 23 de agosto, no Sesc Avenida. A partir das 19h.
Como são os próprios gestores e produtores deste trabalho, a trupe também utiliza a itinerância para ministrar as oficinas “Sim, eu vivo de Música: Diálogos sobre produção, difusão e gerenciamento de arte”. Com base no Plano da Secretaria Nacional da Economia Criativa, as oficinas visam fomentar a discussão acerca das possibilidades de se trabalhar e gerir carreiras artísticas ou de grupos de cultura popular, bem como a comercialização de seus bens e produtos culturais de forma independente. As oficinas discutem a formalização, a carga tributária e a organização financeira dos profissionais da cadeia produtiva de arte. Trata também das estratégias de marketing e o uso da internet como meio de divulgação de um trabalho. Além de realizar uma pesquisa sobre como, em cada um destes lugares, os artistas se articulam e desenvolvem as suas carreiras.
A gravação do disco “Coisa Nostra” foi fruto da premiação no Festival Pre Amp 2012, onde o grupo foi o grande vencedor desta edição. Em quatro anos, a Babi Jaques e Os Sicilianos recebeu 16 premiações em alguns dos mais importantes festivais e mostras competitivas de música do país como o Web FestValda 2012, tradicional , . Também em 2012, o grupo lançou na MIMO – Mostra Internacional de Música de Olinda, em parceria com o poeta e cineasta Wilson Freire, o documentário “Sabe Lá O Que é Isso. No filme, que presta uma homenagem aos 80 anos do Bloco de carnaval Batutas de São José, a banda convida o Maestro Spok para fazer uma nova versão do hino do bloco. Entre guitarras e distorções, o grupo investiga a evolução musical do frevo levantando uma discussão acerca das inovações estéticas ocorridas com esta manifestação ao longo do tempo. O filme ainda conta um pouco da história do carnaval de rua do Recife, da destruição física do bairro de São José na década de 1970 e dos 80 anos de resistência dos Batutas de São José.
Fonte: Ascom