Comandante da Polícia Militar do Piauí discorda das discussões. Tema tem gerado polêmica entre representantes da segurança pública.
As discussões em torno da unificação do trabalho das polícias Civil e Militar voltam à pauta nesta sexta-feira (19) através de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Piauí. A proposta é discutida em todo o país e tem causado polêmica entre autoridades e trabalhadores da área da segurança pública.
A ideia da unificação não agrada o comando da Polícia Militar do Piauí. O comandante da corporação no estado, coronel Carlos Augusto, ressaltou que a missão de todas as polícias está definida na Constituição Federal e por isso não enxerga eficácia nas discussões realizadas no âmbito do Poder Legislativo estadual.
“Não vejo nenhuma eficácia em se discutir isso nos estados. A nossa competência foi atribuída na Constituição Federal. Essa discussão é feita país afora por uma necessidade dos grandes centros de definir os limites de atuação das suas polícias, algo que não acontece no Piauí. Se em todos os estados a polícia trabalhasse como trabalha no Piauí acredito que essa discussão não seria tão forte”, falou.
Apesar da posição, o comandante disse que respeita a Assembleia Legislativa e o direito dos deputados de discutirem o assunto. Carlos Augusto disse ainda que o mais importante para reforçar o modelo de segurança pública é modificar a legislação e endurecer as leis para evitar que os criminosos presos pela Polícia Militar estejam nas ruas poucos dias após a prisão.
“Nós respeitamos. Os parlamentares têm legitimidade para fazer a sessão e buscar também soluções. Mas se querem mesmo discutir segurança pública para servir a população acredito que tem que tratar de leis mais rígidas que permitam que as pessoas que a gente prende no dia-a-dia fiquem na cadeia”, concluiu o comandante.
Fonte: G1/Piauí