Está virando cena costumeira neste Campeonato Brasileiro. O Vasco chega a uma rodada dependendo apenas de si para alcançar o G-7. Uma vitória simples garante o Cruz-Maltino na tão sonhada zona de classificação para a Libertadores. Mas, para desespero da torcida, o time não consegue o resultado.
Foi assim contra o São Paulo, neste domingo, em São Januário. Antes, nova frustração em casa, contra o Vitória. Em ambos os casos, empate em 1 a 1. Sem contar a primeira chance, no confronto direto com o Flamengo que terminou em 0 a 0 no Maracanã.
Mas o que acontece que faz o Vasco “travar” tão perto de alcançar o objetivo?
Ansiedade
Pela primeira vez, Zé Ricardo admitiu que o time está mexido com a possibilidade de chegar ao G-7. Ele citou algumas vezes a ansiedade do time no jogo contra o São Paulo, quando o time saiu atrás no placar, mas se recuperou e, com um a mais na reta final do jogo, voltou a sucumbir aos nervos e não conseguiu a virada.
– Enfrentamos uma grande equipe. No primeiro tempo estivemos um pouco ansiosos demais, não conseguimos produzir muita coisa tecnicamente. A equipe não desistiu, buscou a vitória até o fim. Teve oportunidades para virar a partida. Talvez um pouco de ansiedade novamente para finalizar. Mas nosso time tem muitos meninos. Ansiedade faz parte – disse o treinador.
Altos e baixos
São 10 jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro, mas, nesta sequência, seis empates. O Vasco evoluiu muito, mas não consegue ter regularidade nos resultados. Depois de uma grande vitória sobre o Santos, esperava-se um desempenho no mesmo ritmo contra o São Paulo, mas não foi o que aconteceu.
Cadê o goleador?
Esta dificuldade em casa tem muito a ver com a falta de maior força ofensiva. Contra o São Paulo, o Vasco até criou, mas não finalizou bem. O time se ressente de um centroavante mais letal – Andrés Ríos segue discreto e tem mais o perfil de armação do que conclusão. Com Luis Fabiano às voltas com problemas físicos e Thalles em baixa, Zé Ricardo ainda busca uma solução para essa questão.
Elenco
A rotina de lesões e suspensões vem cobrando seu preço num plantel mais enxuto como o do Vasco. Diante do São Paulo, o time não teve Martín Silva, Breno, Anderson Martins, Ramon e Wellington, jogadores importantíssimos na arrancada comandada por Zé. Não à toa, são atletas experientes que poderiam ajudar na questão da ansiedade.
E a torcida?
A volta a São Januário não fez o efeito esperado. Estranhamente, a torcida esteve tímida no primeiro tempo, quando viu o Vasco dominar, mas não ameaçar o São Paulo – que abriu o placar num lance isolado. O apoio maior veio na etapa final, mas não o suficiente para conseguir a virada. Entretanto, o estádio segue como trunfo para os duelos contra Atlético-MG e Ponte Preta.
Fonte: Globoesporte.com