Ainda se recuperando de uma cirurgia na panturrilha esquerda, o vice-governador Zé Filho (PMDB) comentou os fatos políticos que movimentam a administração estadual nesse fim de ano.
Diversos partidos e gestores estaduais vivem a expectativa sobre a entrega dos cargos ocupados pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O governador Wilson Martins (PSB) deu o ultimato até o dia 2 de janeiro e disse que só permanecerão no Governo aqueles que estiverem dispostos a apoiar seu projeto político também na eleição de 2014.
Mas a direção do PT já avisou que só pretende discutir o assunto no dia 4. “Nada mais justo saber quem vai, dentro do governo dele (de Wilson Martins), acompanhar as decisões dele. Ou ele ficando ou ele saindo [no Governo], ele é o grande general dessa eleição. Então nada mais justo ele saber com quem ele vai contar, porque tem partidos hoje aliados do governo que já declararam que tem candidatos a governador e a senador e que participam do governo”, opinou Zé Filho.
A declaração do vicegovernador é um critica direta ao PT, que ocupa seis pastas no governo estadual e já antecipou candidatura própria ao governo no ano que vem, contrariando os interesses do governador Wilson Martins (PSB) e do próprio Zé Filho, que pretende lançar-se candidato. A crítica também atinge alguns integrantes do PTB, que ocupam cargos na administração, mas já possuem um candidato natural a senador, João Vicente Claudino, que tentará reeleição e deverá ser o principal adversário de Wilson Martins, que deve entrar na disputa.
“Eu acho que fica uma contradição muito grande você estar participando do Governo e não acompanhar a decisão do governo naquela decisão que ele vai tomar. Foi uma decisão muito correta dele (Wilson Martins) de chamar todos os aliados e saber quem vai acompanhar ele em todas as possibilidades”, declarou.
Zé Filho descartou ainda qualquer possibilidade de, assumindo o Governo do Estado em abril de 2014, não ser candidato à reeleição. Recentemente foi especulado que Zé Filho assumiria o governo por nove meses, mas cederia a candidatura a outro integrante de seu partido.
“Eu não quero ser melhor do que ninguém, mas por que não ser eu o candidato? Por que os outros podem ser melhor do que eu? O PMDB, quando nos escolheu para vice-governador de Wilson Martins, teve todas as possibilidades de ter outros candidatos e foram buscar um nome da região Norte, exatamente porque o Wilson é de outra região, e nos pudemos estar juntos nisso. Participamos do governo, estamos inteirados de todos os problemas e não tem por que ter plano A, B ou C. O governador decidindo ser candidato a senador e a gente assumindo o governo, não tem porque eu não ser candidato. Isso é um direito natural nosso”, finalizou.
Fonte: Jornal O Dia