Werles Pajero conta que teve uma crise de riso quando recebeu os capítulos que mostravam o interesse de seu mecânico, Jucelino, por Félix (Mateus Solano). Mas, ao mesmo tempo, se deu conta da responsabilidade que isso seria.
— É muito louco. Achei massa! Só que também fiquei paralisado. Afinal, seríamos Mateus e eu. Não acreditei que ia contracenar com “o cara” da novela — lembra o ator, de 27 anos.
Baiano de Muniz Ferreira (cidade a duas horas de Salvador), Werles ficou nervoso ao gravar pela primeira vez com o intérprete de Félix.
— No dia anterior, tinha ido ao ar a cena em que todos descobrem que foi ele quem jogou Paulinha (Klara Castanho) na caçamba, na qual Mateus deu um show. Pensei: “Tô ferrado!”. Mas ele foi generoso, me disse para ficar tranquilo, e deu tudo certo — lembra Werles, orgulhoso pelo crescimento na trama: — Não esperava mesmo. Fico feliz por Walcyr (Carrasco, o autor) ter confiado no meu trabalho.
A repercussão, claro, não tardou a chegar
— Na rua, gritam: “Ô, mecânico! Agarra o Félix!”. A aceitação está bem legal, já tem quem torça pelo casal. Há quem diga que é um desperdício Félix não dar bola para o Jucelino. Ouvi isso tanto de homem quanto de mulher — diverte-se ele.
O curioso é que, apesar de o personagem viver cantando, assoviando e até bolinando Félix, ele não se considera gay. Seu intérprete tem outra visão do comportamento dele:
— Ele é um pouco total flex (risos). Afinal, ele diz que o que cair na sua rede é peixe.
Werles conta que Jucelino não vai desistir de Félix tão cedo. Tanto que, de Natal, vai dar de presente para o vilão uma cueca vermelha:
— É hilário isso! Jucelino é o típico brasileiro, não desiste nunca mesmo.
E pensar que o baiano, que mora no Rio há quatro anos, quase desistiu da carreira após uma decepção.
— Foi para temporada 2011 de “Malhação”. Era meu primeiro teste. Fiquei tão nervoso com a câmera, com o tanto de gente olhando, que travei. Não saía nada. Quis voltar para casa. Liguei para minha mãe, mas ela e minha irmã insistiram que eu ficasse mais um pouco. Ainda bem! — observa o ator, que entrou em “Amor à vida” aos 46 do segundo tempo: — Tinha feito “Gabriela”, e a produtora de elenco já me conhecia. Quando pintou o personagem com meu biotipo, me chamou.
Namorando à distância a fisioterapeuta Jenifer Magalhães há nove meses (ela mora em Salvador), Werles diz morrer de saudade da amada, mas garante que não há ciúme entre eles:
— Nosso relacionamento é tranquilo, ela me dá todo apoio. Sabe que estou realizando meu sonho.
Fonte: Extra