Um acidente no primeiro treino livre e um desempenho discreto no segundo. Bruno Senna chegou ao seu primeiro treino classificatório pela Renault-Lotus tentando apenas fazer o básico e ficar próximo do companheiro Vitaly Petrov. Só que o resultado excedeu as expectativas: sétima posição, a melhor após uma temporada como o péssimo carro da Hispania. Após o treino, assediado pela imprensa do mundo inteiro, ele admitiu ter ficado surpreso.
– Também estou de boca aberta. Estou surpreso, para ser honesto. No molhado, eu achava que entraríamos no Q2 e ficaríamos perto dos dez primeiros. Fiquei preocupado no Q3 porque a pista secou e praticamente não havia andado nessa situação. Felizmente, o carro estava bom e me ajudou. Foi um bom começo. Sabíamos que tínhamos um bom desempenho no molhado e que poderia conseguir uma boa posição, mas fiquei um pouco mais nervoso com a pista secando. Disse à equipe pelo rádio que não iria tentar algo extraordinário no Q3. Mas tudo deu certo e tivemos um bom ritmo. O carro se comportou bem tanto no seco quanto no molhado – disse.
Após o treino, Bruno foi cumprimentado pelo compatriota Felipe Massa, que marcou o quarto tempo. Amigos, os dois são vizinhos em Monte Carlo, onde moram atualmente.
– Ele me deu os parabéns, assim como todo o pessoal da equipe. Estou muito contente porque o resultado serve para aliviar um pouco a pressão desta primeira corrida pela Renault-Lotus e a necessidade de me sair bem. Por enquanto, estou feliz com meu trabalho no treino.
Bruno andou bem nas duas primeiras partes do treino, realizadas com pista molhada. Na sexta, disse que preferia o mau tempo, já que desde as categorias de base sempre teve familiaridade com o piso molhado. Para a corrida, ele espera que as condições não mudem muito.
– Acho que, se as condições estiverem estáveis, será muito mais fácil para mim. Se o tempo mudar toda hora, será mais complicado. Ainda tenho de aprender a lidar com os slicks e o carro pesado, cheio de gasolina. Ou ainda com os pneus de chuva e o tanque cheio. Todos fizeram mais corridas que eu. Então eu penso passo a passo e espero que consigamos um bom resultado. É claro que falta quilometragem na pista seca. Mas, o que tiver de ser, será. De uma maneira ou de outra, será uma corrida muito dura e que não permite qualquer prognóstico. ."
Há alguns meses sem correr e após uma temporada na pouco competitiva Hispania, ele admitiu a falta do ritmo de corrida. O brasileiro disse que não disputa posições na frente há muito tempo.
– Faz tempo que não disputo posição para frente, só para trás. Mas corrida é corrida, vamos fazer as coisas passo a passo. Hoje foi tudo muito bem, vamos ver se continuamos assim.
Fonte: globoesporte.com