O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) divulgou, nesta segunda-feira (28), que 233 assassinatos foram registrados no estado entre os meses de abril e setembro deste ano. De acordo com os números que correspondem a uma pesquisa mensal realizada pelo Sinpolpi, do total de mortes notificadas nos últimos seis meses, pelo menos 57 pessoas tinham envolvimento com a criminalidade ou eram viciadas em drogas.

Segundo o sindicato, os dados retratam as brigas entre grupos rivais que ocorrem no estado. Para o Sinpolpi, as disputas por pontos de vendas de drogas têm levado a diversas mortes. O levantamento estabeleceu ainda alguns perfis para as vítimas frutos da criminalidade. Os dados mostram que os 57 mortos eram detentos, ex-detentos, assaltantes, traficantes e viciados em drogas.

O levantamento foi divulgado três dias depois de a Delegacia Geral de Polícia Civil do Piauí ter assegurado que o estado é o mais seguro do Nordeste e um dos mais seguros do país. De acordo com a Delegacia Geral, notícia se deu após acesso a informações preliminares constantes Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal, banco de dados que fornece informações ao Ministério da Justiça, referentes ao ano de 2012.

A Polícia Civil diz também que as informações preliminares do SINESPJC apontam, que o Piauí é um dos sete estados mais seguros do país e que isso se respalda pelo  aumentando de 42,08% na coleta de dados sobre a violência.

Sobre as informações do SINESPJC, o delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, afirmou que a cobertura sobre os dados da criminalidade de todos os 224 municípios piauienses, chegando a mais de 97%, é um fator que deve acabar com a subnotificação das práticas criminosas.

Já sobre os dados divulgados pelo Sinpolpi nesta segunda-feira (28), James Guerra informou que ainda não teve acesso às informações, mas que inicialmente não vê uma contraposição entre as duas notícias. De acordo com ele, os números apresentados são números absolutos que não estão sendo comparados com outras regiões e que portanto, não se contrapõem à classificação do SINESPJC.

Fonte: G1 Piauí