Sabeis porque uma vaga tristeza se apodera por vezes dos vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira a felicidade e a liberdade e que, preso ao corpo físico que lhe serve de prisão, se extenua em vãos esforços para dele sair.
Mas, vendo que são inúteis cai no desencorajamento, e o corpo, suportando sua influência, a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia se apoderam de vós, e vos achais infelizes.(…)
Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. V – Bem Aventurados os Aflitos – item 25 – A Melancolia
A Melancolia, é companhia certa de muitas pessoas, pelo fato de não saberem e ou não procurarem compreender o motivo pelo qual se encontram diante de dificuldades e sofrimentos, que para elas soam como castigos de Deus. A partir do instante em que buscamos o entendimento dos reais motivos de estarmos passando por essa ou aquela situação deprimente, começamos a nos melhorar pois não mais vemos os acontecimentos como penas externas e injustas, mas, como vivencias necessárias para nosso progresso e evolução espiritual. As “cenas” vividas por nós no teatro das nossas existências, fazem parte de um script produzido por nós mesmos ao longo de nossas vidas transatas.
Por mais que nos pareça invencível, todo e qualquer sofrimento, é passageiro, e dura o tempo que for preciso com a intensidade adequada ao nosso grau de resistência e entendimento, portanto, quanto maior for a compreensão e a perseverança na educação espiritual, menos tempo passaremos a nos ferir,, assim como serão menores e menos intensas as dores.
Não devemos esquecer nunca que, os maiores juízes da nossa vida, somos nós mesmos e que Deus não manda em nós, ao contrário; Ele nos concede o livre arbítrio para entendermos realmente que os autores da nossa história, somos sempre nós, e que passamos existências a fio, escrevendo páginas e mais páginas com a certeza que um dia, teremos que interpretar com paciência, resignação, perseverança e acatamento, tudo que colocamos nas escrituras da nossa caminhada rumo ao Pai Celestial.
Paz a Todos.
Pedro Aguiar