Rivengo, um dos maiores clássicos do futebol piauiense (Foto: Divulgação)

Por Emídio Neto “Careca” – blogueiro e desportista

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decretou a morte do futebol piauiense quando em recente reunião deixou de fora da próxima Copa do Nordeste o Piauí e o Maranhão.

Até provem o contrário, o Nordeste é formado pelos Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão e Piauí.

O mais grave disso tudo é que não ouvimos uma única palavra de repúdio de dirigentes piauienses, tornando-se assim convenientes com esse absurdo contra nosso futebol.

Em Teresina, Flamengo e Piauí estão falidos, enquanto o River respira por aparelhos. No interior, como é o caso do Parnahyba, o futebol depende das prefeituras para sobreviver.

A torcida piauiense ávida para ver grandes espetáculos se volta para outros campeonatos, principalmente os do sudeste.

Hoje temos muito mais torcedores do Flamengo, Vasco, Corinthians e São Paulo do que de times do nosso Estado.

É a falência do nosso futebol. Os clubes precisam da torcida para formarem grandes times e a torcida precisa que clubes façam grandes times para voltarem aos estádios. Como não acontece nem uma coisa e nem outra, caminhamos para o fundo do poço.

Qual a solução?
Primeiro teríamos que ter uma federação forte, que brigasse pelo nosso futebol  junto a CBF, sem ficar apenas dizendo “amém”.

Teríamos que reformar nosso quadro de árbitros urgentemente, para darmos mais credibilidade ao nosso futebol.

Esses dois fatores desencadeariam novas mudanças, como investimentos e credibilidade junto a empresários e torcedores.

Um futebol que já teve Sima, Toinho, Valdomiro, Mota, Joel Maneca, Hélio Rocha, Batistinha e outros grandes craques não pode acabar assim.