Encerrando o ciclo de audiências públicas pelo Estado do Piauí, o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Norberto Campelo, aprovado recentemente pelo Senado Federal para compor o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) colheu sugestões da advocacia parnaibana. A audiência foi conduzida pelo presidente da Seccional Piauí, Willian Guimarães. Norberto ingressará no CNJ no dia 22 de setembro do corrente ano.
O presidente da Subseção da OAB em Parnaíba, Ricardo Mazulo, parabenizou a iniciativa da Ordem e relatou a importância dos advogados que militam na região em apresentar as problemáticas enfrentadas no dia a dia, bem como sugestões para melhorias no Judiciário Piauiense.
Em seguida, o conselheiro federal da OAB Sigifroi Moreno frisou o quão importante será a presença de um piauiense nos quadro do CNJ. “Nosso Judiciário vai de mal a pior e acreditamos que, com essa posse, a maioria das problemáticas serão solucionadas, uma vez assistidas pelo CNJ. A advocacia não pode aguardar por mais tempo a solução de tais problemas”, frisou.
Na oportunidade, Norberto Campelo falou sobre as problemáticas do Poder Judiciário do Estado, dentre elas a falta de estrutura, ausência de juízes nas comarcas, acúmulo e lentidão dos processos e falta de servidores. Para ele, compor o quadro do CNJ ajudará a acelerar na resolutividade das principais demandas dos profissionais que dependem de uma Justiça mais célere.
Durante a audiência, o conselheiro frisou ainda a sugestão que levará ao CNJ sobre a criação de um sistema de vigilância junto com a advocacia do Estado para averiguar se o magistrado permanece em sua Comarca. Para ele, esse sistema irá beneficiar os profissionais da advocacia que dependem dos magistrados para o andamento dos processos e, consequentemente, em melhor assistir seus constituintes.
O conselheiro também falou sobre a importância do CNJ para a Justiça Brasileira. “Considero o CNJ como a maior criação da Justiça Brasileira e tem um papel fundamental no desenvolvimento do Poder Judiciário, cria novas formas de atuação na Justiça. É um órgão parceiro que não só fiscaliza, mas que orienta também”.
Ao final, os participantes puderam expor suas dificuldades, propor soluções e sugerir medidas para a atuação do conselheiro no CNJ, dentre elas, a necessidade de construção de um novo Fórum, locação de servidores e magistrados e uma melhor estrutura física e de equipamentos para o Judiciário local.
“Primeiro piauiense a assumir um órgão de cúpula do Poder Judiciário e que tem a missão de nos ajudar a melhorar, cobrar, fiscalizar e contribuir através do CNJ. Materialmente, com recursos humanos, com conhecimento, planejamento. Este é o desejo e a missão do conselheiro no CNJ, que não poderia recair sob melhor pessoa, que possui ampla capacidade técnica e é conhecedor dos anseios e necessidades da justiça e da advocacia”, destacou o presidente da OAB-PI, Willian Guimarães, acrescentando sobre a necessidade de realização de concurso público para servidores e magistrados, a fim de sanar a carência do judiciário piauiense.
Registrou-se a presença do prefeito municipal, Florentino Neto, que compôs a mesa de honra durante a audiência.
Fonte: a24horas