Categoria cobra reajuste salarial para servidores. (Foto: Kairo Amaral)
Categoria cobra reajuste salarial para servidores. (Foto: Kairo Amaral)

Agentes da Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina de Parnaíba estão realizando desde às 0h desta terça-feira (23/09) uma paralisação nos serviços, que irá durar por 48 horas. Segundo informações, a iniciativa foi deliberada através de uma Assembleia realizada em Teresina, onde o Sindicato dos Agentes Penitenciários da Secretaria de Justiça do Piauí (Sinpoljuspi) reclama da defasagem salarial que desde 2011 é cobrada pelos profissionais da categoria.

A paralisação tem como principal objetivo chamar a atenção do Governo do Estado, para que seja investido em equipamentos necessários para o trabalho, bem como seja reajustado o piso salarial dos agentes penitenciários que, segundo informações, desde 2011 não é ajustado. De acordo com o Diretor de Defesa de Classe, André Seixas, há 30 agentes na Penitenciária Mista de Parnaíba que prestam serviços há 24 anos e que não ganham reajustes há 4, o que preocupa o sindicato.

“Infelizmente está acontecendo este problema salarial, e a paralisação foi o meio que encontramos no intuito de alertar e sensibilizar o Governo. São mais de 50% dos servidores de Parnaíba que estão nesta situação. Hoje possuímos 400 detentos na Penitenciária Juiz Fontes Ibiapina, tendo apenas oito agentes de plantão. Embora haja esse movimento, todas as atividades internas do presídio estão sendo realizadas normalmente”, afirmou André Seixas.

paralizacao_sinpoljuspi02

Durante a paralisação, serviços como o recebimento de presos, entrega de alimentos por parte de familiares, visitas íntimas e de advogados foram suspensos. Somente serviços de segurança interna do presídio, alimentação e atendimentos de emergências foram mantidos. Segundo o presidente do Sinpoljuspi, Vilobaldo Adelídio de Carvalho, o maior problema do sistema prisional no Piauí é a superlotação. O sindicalista enfatiza que a paralização pode ser realizada em outras penitenciárias do Estado.

“Esperamos que o Governo haja conosco com decência. Já estamos realizando esta reivindicação administrativamente, mas infelizmente o Estado insiste em não reajustar o salário desses servidores. Essa paralização em Parnaíba poderá contaminar em outras unidades, pois é uma situação que causa indignação e revolta. Hoje o maior problema nos presídios do Piauí é a superlotação, a falta de agentes e a precária condição de trabalho”, apontou Vilobaldo de Carvalho.

Por Kairo Amaral