10_1“Gente, eu estou magra mesmo”, exclama Amandha Lee, ainda incrédula, ao ver as fotos que acabou de tirar para o Ego em uma praia do Rio. O corpo 26 quilos mais enxuto no qual a atriz tem dificuldade de acreditar é resultado de muita disciplina na alimentação e prática de atividades físicas. Uma delas, nós acompanhamos bem de pertinho: o futevôlei. “Sou nascida e criada em Copacabana, bem ratinha de praia mesmo. Por isso, o futevôlei é um dos esportes que pratico há mais tempo”, conta. Amandha faz aulas todos os dias com o professor Black, em uma rede no Leblon, Zona Sul da cidade. Durante uma hora, ela aquece com corrida e atividades com cone na areia, e aperfeiçoa a parte técnica. “No pain, no gain“, repete ela, após dar um pique daqueles de tirar o fôlego, como quem tenta se convencer de que é preciso suar para ver um resultado cada vez melhor. Nos 30 minutos finais de aula, ela disputa uma partida com os outros ratos de praia de plantão. “Vou te escovar, heim!”, provoca a atriz, sem se intimidar com os adversários do sexo oposto. “Vou te dar colher de chá hoje só por causa das fotos”, responde um deles. Brincadeiras à parte, o futevôlei é um excelente esporte para ser praticado por quem quer perder peso rapidamente. Segundo o professor Black, o motivo é que a dificuldade para se deslocar na areia é maior e, por isso, a frequência cardíaca se mantém mais alta. Amandha assina embaixo. “Você ganha uma resistência cardíaca impressionante. Se deixar, corro dez quilômetros sem parar. A areia também deixa a musculatura mais durinha. Percebi muita diferença no meu abdômen e nos braços, que afinaram muito rápido”, conta a atriz, que também faz treinamento funcional e balé durante a semana. Nos fins de semana, ela coloca o corpinho para suar na hot ioga.

O sobrepeso

Amandha começou a engordar na gestação da primeira filha, Rafaella, hoje com 4 anos. Com medo de perder o bebê e se sentindo ameaçada por outros tabus que aterrorizam as mães de primeria viagem, ela parou de se exercitar e se entregou aos desejos de grávida. Sem culpa. “Dormi muito, fiquei muito cansada. Mas sempre fui louca para ser mãe, então curti cada momento”, relembra. Após o nascimento de Rafaella, a atriz precisou frear a dieta e diminuir a intensidade dos exercícios para interpretar uma “gordinha” na TV. Mas logo Amandha engravidou novamente de Vitor, hoje com 1 ano, e o que eram alguns quilinhos a mais viraram um sobrepeso de 26 quilos ao fim da segunda gestação.

“Quinze dias depois de ele nascer, já estava na esteira. Mas sentia muita fome porque amamentei o Vitor exclusivamente com leite materno. E amamentar dá muita fome. Foi aí que procurei a nutricionista Patrícia Davidson e comecei a canalizar minha fome para o lado certo. Aliei a prática de exerícios à alimentação saudável e perdi peso natualmente, em sete meses. Como adoro me exercitar, a estética é consequência para mim hoje em dia. O esporte funciona mais como uma terapia”.

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A volta da autoestima

Depois de quatro anos acima do peso, a atriz conta que ainda tem dificuldade para enxergar uma Amandha mais enxuta no espelho. Mesmo depois de comprar uma saia tamanho 14, usada normalmente por adolescentes, em uma loja de roupas para a filha. “Ainda me olho e fico me perguntando: ‘Será que estou magra mesmo?’. Por mais que durante a maior parte da minha vida eu tenha sido magra, fiquei com a memória mais recente (risos). Mas é claro que estou com a autoestima ótima. Estou muito bem comigo”, garante.

Além de Amandha, quem sai lucrando bastante com a boa forma da atriz é o comentarista esportivo e ex-jogador de vôlei Nalbert, seu marido há cinco anos. “Com certeza ele gostou de ganhar uma nova mulher (risos). Nosso casamento melhorou muito. Não tenho do que reclamar do meu marido. Foi o apoio da minha família e, principalmente, do Nalbert que me deu força para eu não cair em depressão. Aliás, foi assim que descobri que não tenho vocação para depressão. Meu marido sabia que era uma coisa momentânea e sempre brincou comigo com uma conotação legal”, diz ela, que não conta nem sob tortura o apelido que ganhou dele nos tempos de maior fartura em casa: “Não tem como, não rola (risos)“.

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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução (antes)

Fonte: EGO