Após empate, Levir deixa futuro no Flu em aberto: “Talvez o problema seja eu”
Na entrevista após o empate por 1 a 1 com o Ypiranga-RS, nesta quarta-feira, em Volta Redonda, pela terceira fase da Copa do Brasil, o técnico Levir Culpi deixou seu futuro no comando do Fluminense em aberto. Ele disse que pretende ter uma conversa com o presidente Peter Siemsen nesta quinta-feira e, depois disso, decidirá se permanece ou não. O treinador afirmou que talvez seja ele o principal problema para o momento ruim do Tricolor.
– A responsabilidade é nossa. E, acima de todos, é minha. Não me sinto muito bem nesse momento. Pretendo ter uma conversa amanhã com o Peter sobre a minha permanência ou não. A forma como foi o jogo, principalmente no primeiro tempo, sobre o que eu pretendo de time, e o que conversamos, não aconteceu nada do que queríamos. Talvez o problema seja eu, quero conversar amanhã para resolver. O resultado foi péssimo. A reação tem sido demorada. Há um impacto negativo grande sobre atletas, comissão, torcida, diretoria em qualquer resultado negativo, se eu não conseguir controlar essa atmosfera, é melhor conversar e resolver meu caminho – afirmou o treinador.
Nos últimos seis jogos, o Fluminense ganhou apenas um (o clássico contra o Flamengo). A partida de volta contra o Ypiranga-RS, em Erechim, será apenas no dia 27. O elenco tricolor se reapresenta nesta quinta, nas Laranjeiras, e a expectativa é se Levir estará ou não em campo para iniciar a preparação para o jogo contra o Vitória, domingo, em Salvador, pelo Brasileirão.
Confira outros trechos da coletiva de Levir Culpi:
Está insatisfeito?
Não estou insatisfeito. Quero deixar claro, não tem culpa de ninguém, ninguém faz nada de propósito, ninguém quer que o time jogue mal, todos procuram fazer o máximo. Logo que cheguei, senti brilho, que todos queriam, conquistamos um título, fazia tempo que o Fluminense não ganhava. A partir daí senti mais dificuldades para ser um time brilhante. claro que o Fluminense sofre muito com essa fase, não tem casa, são poucos torcedores. Está difícil, acho que a reação dos atletas deveria ser melhor ao meu comando, por isso sinto que sou responsável por isso.
Protesto da torcida
O protesto é o mínimo, são 15 torcedores. A torcida do Fluminense é muito grande, eles não podem nos acompanhar, não temos casa. Nesse momento precisamos estar juntos, conquistamos um troféu nessa temporada, que talvez seja a mais difícil da história do Fluminense, e muitas pessoas não conseguem entender. Mas a minha preocupação é o resultado que os jogadores me dão, esperava uma resposta melhor do que estou tendo. Então, a responsabilidade é minha, vou conversar com o Fluminense e resolver a minha situação.
Jogadores querem a sua saída?
Não há problema de relacionamento algum, falo da resposta que o técnico quer, que os jogadores podem dar. Não quero envolver ninguém.
Time teve boas atuações até o mês passado. O que mudou?
O time tem sido regular, a atuação é regular, vencemos Corinthians e Flamengo. O problema é a relação do que eu penso e o que eles estão fazendo, não tem relação com a parte externa. É uma obrigação do técnico deixar os jogadores preparados para enfrentar os problemas. Por isso que estou me sentindo responsável.
Fonte: Globo Esporte