Aves foram apreendidas durante fiscalização de rotina (Foto: Divulgação/PRF)
Aves foram apreendidas durante fiscalização
de rotina (Foto: Divulgação/PRF)

Segundo a PRF, de janeiro a abril foram apreendidos 122 animais silvestres. Autoridades falam em questão cultural de moradores da região Nordeste.

Somente de janeiro a abril deste ano já foram apreendidos no Piauí um total de 122 animais silvestres, de acordo com os números da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A quantidade é 40% maior do que as apreensões realizadas no mesmo período do ano passado. A PRF acredita que o aumento no número de apreensões se deve principalmente a intensificação da fiscalização.

A última grande apreensão ocorreu no final de abril, quando uma operação realizada simultaneamente no Piauí e Maranhão resultou na localização de vários animais capturados e transportados ilegalmente em solo piauiense. Segundo a PRF, as práticas de caçar e manter animais presos em cativeiro são bastante comuns na região Nordeste.

“Ainda tem pessoas que não tem essa consciência [de não prender animais]. É uma prática comum na região Nordeste e a Polícia Rodoviária Federal intensificou esse aumento na fiscalização”, falou o inspetor Rodrigo Nunes.

Na lista dos animais mais apreendidos estão papagaios, marrecos, canários, bigodes e tatus. Boa parte dos bichos apreendidos é levada para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Teresina. Alguns com ferimentos e lesões não podem mais ser devolvidos para a natureza.

O chefe de fiscalização do Ibama no Piauí diz que o órgão também intensificou as fiscalizações no estado, mas assim como a PRF ele menciona a falta de conscientização das pessoas e o fator cultural de se capturar animais silvestres. Ele ainda apontou danos que essa prática pode causar à natureza.

“É uma questão cultural dentro do nosso estado. As pessoas têm a falsa ideia de que ter um animal em casa cantando vai embelezar a residência. O reflexo disso para o meio ambiente é muito negativo, porque um animal em casa é menos um na natureza reproduzindo e disseminando sementes”, falou.

Fonte: G1/Piauí