Árvore nasce de dentro de túmulo de poetisa e atrai curiosos em Parnaíba
Um fato inusitado chama à atenção de visitantes do Cemitério da Igualdade, em Parnaíba. No túmulo da poetisa Luísa Amélia de Queiroz Brandão, uma árvore nasceu exatamente na sepultura, criando uma cena que, segundo moradores, se tornou símbolo de mistério.

“Isso ficou como um fato um tanto inusitado e, diria, até místico, porque não se esperava que algo, um desejo em vida da grande poetisa que ela foi, se concretizasse. Então, o local, o túmulo dela, ganhou esse ar de misticismo e engrandeceu ainda mais a poesia com este fato inusitado, com o aparecimento de uma gameleira. […] Isso fez com que este túmulo se tornasse não só um ponto de visitação, um ponto turístico, mas também um local de peregrinação poética.”, explicou o historiador Mauro Sousa.

O historiador destaca ainda que o local passou a ser visto como um espaço de meditação e inspiração. “Hoje é um ponto de meditação para intelectuais, artistas e poetas que buscam inspiração para suas obras. Aqui eles leem, escrevem e tentam encontrar uma espécie de iluminação, algo que vai além do compreensível, do lógico”, disse.
Para quem visita o túmulo, a fala do professor reforça uma reflexão: muitas pessoas só acreditam naquilo que podem ver ou comprovar. Mas ali, entre a árvore que cresceu na sepultura e os versos da poetisa, a experiência parece desafiar essa lógica, misturando fé, imaginação e poesia de forma única. “Essa história vai além das provas, além de qualquer explicação científica. Transcende o que o homem é capaz de entender. A poesia não tem um compromisso com a realidade objetiva; é algo por si transcendente. Então, fica sempre aquela ideia de que isso possa ser fruto de um desejo materializado. A maioria das pessoas prefere acreditar nisso porque é como se evocasse um poder transcendente através da poesia materializando-se desta forma tão bonita, uma árvore nascer sob um túmulo”
Árvore nasce de dentro de túmulo de poetisa e atrai curiosos em Parnaíba
