camara eletrobrasA Câmara Municipal de Parnaíba realizou nesta quarta-feira (18) uma audiência pública com objetivo de debater a possível privatização da Eletrobras Distribuição Piauí, fornecedora de energia elétrica que antigamente era chamada de Cepisa. A ocasião contou com a presença de funcionários da empresa, além de representantes do sindicato da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Urbanitários no Piauí, Paulo Santana, não seria justificável a venda de uma empresa após esta ter recebido uma série de investimentos públicos nos últimos anos. A postura contrária também é a mesma adotada pela representação regional do sindicato, cujo responsável ressalta o aspecto social da companhia.

“Nós temos o exemplo da companhia elétrica do Maranhão que foi privatizada há alguns anos. Com isso, pequenos povoados, quando ficam sem energia, chegam a passar vários dias. Isso porque a empresa privada não tem o mesmo compromisso social que uma estatal”, argumentou Francisco da Chagas durante a audiência na Câmara Municipal.

As discursões contaram ainda com a participação de um representante do sindicato dos trabalhadores da Companhia Hidroelétrica do Vale do São Francisco. De acordo com Herbert Marinho, a principal consequência da privatização será o aumento na tarifa de energia elétrica. “A Chesf faturou quase R$ 4 bilhões em 2016, então não justifica ser vendida”, alegou.

O presidente da Câmara, vereador Geraldo Alencar Filho, foi o propositor da audiência, que contou ainda com a presença dos vereadores André Neves, Antônio Diniz e Neta Castelo Branco, além do presidente da subseção da OAB em Parnaíba, Zé Lima, de trabalhadores de outras empresas públicas e populares.