O governo pretende anunciar nesta segunda-feira (dia 8), o cronograma de pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Segundo técnicos do Ministério da Cidadania, o calendário será semelhante ao da segunda parcela, com a separação das datas entre os públicos beneficiados para evitar filas e aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal.

 

O governo também bateu o martelo e decidiu pagar mais duas parcelas de R$ 300. A informação foi confirmada por fontes da equipe econômica. A extensão do programa custará R$ 51 bilhões.

 

Primeiramente, a Caixa vai pagar o auxílio para os beneficiários do Bolsa Família, de acordo último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Depois, fará o crédito em contas poupanças digitais para os trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs), por ordem do mês de nascimento, permitindo o pagamento de contas e de compras via cartão digital ou QR Code.

 

Para sacar os recursos em espécie ou realizar transferências para outras contas na Caixa ou em outros bancos, essas pessoas terão que esperar cerca de dez dias, a partir da data do depósito na conta digital.

 

Saque da segunda parcela em dinheiro

 

O saque da segunda parcela ainda acontece ao longo desta semana. Até sexta-feira (dia 13), estarão liberados para sacar os seguintes beneficiários que ainda não haviam sido autorizados:

 

  • nascidos em agosto: 8 de junho
  • nascidos em setembro: 9 de junho
  • nascidos em outubro: 10 de junho
  • nascidos em novembro: 12 de junho
  • nascidos em dezembro: 13 de junho

 

De acordo com último balanço da Caixa, o auxílio já foi pago para 58,6 milhões de pessoas, totalizando R$ 76,6 bilhões, considerando a primeira e segunda parcelas. Outros 11,1 milhões de trabalhadores estão na fila à espera da análise dos dados pela Dataprev.

 

Até semana passada, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, esperava receber o lote com o resultado das análises para definir as datas dos pagamentos, que também vão obedecer o mês de nascimento. Assim que os dados forem transmitidos, o banco tem dois dias úteis para começar a pagar.

 

Quem tem direito a receber o auxílio emergencial?

 

É preciso cumprir algumas regras para ter direito ao benefício. São elas:

 

  • Trabalhadores por conta própria sem vínculo de emprego formal, ou seja, sem carteira assinada.
  • Ter mais de 18 anos e ter o nome no Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania.
  • Ter renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda mensal familiar de até três salários (R$ 3.135). O auxílio será pago a até duas pessoas da mesma família.
  • Trabalhadores intermitentes, ou seja, aqueles que prestam serviço por horas, dias ou meses para mais de um empregador. Neste último caso, o trabalhador deve estar inscrito no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) da Previdência Social, seguindo os critérios de renda acima.
  • Não receber outro tipo de benefício do governo, exceto Bolsa Família.
  • Mulheres chefes de família e mães adolescentes podem ganhar duas cotas do benefício, chegando a R$ 1.200. Para fazer jus ao auxílio financeiro emergencial, eles também precisam de seguir os critérios de renda.
  • Microempreendedores individuais (MEI). Para receber o auxílio, é preciso atender o critério da renda estabelecido no projeto, além de estar inscrito na Previdência Social como contribuinte individual.
  • Demais trabalhadores informais que não estão inscritos no cadastros do governo e não contribuem para a Previdência Social. Estão nesse grupo vendedores ambulantes, diaristas, manicures, cabeleireiros e outras ocupações. Neste caso, sera preciso fazer uma autodeclaração junto à Caixa Econômica Federal por meio de aplicativo Auxílio Emergencial. Há versões para celulares Android e iPhone.

 

Fonte: Extra