Causada pela litíase urinária, ou as populares ‘pedras nos rins’, essa dor é um sintoma agudo de que algo está errado e deve ser tratado de forma emergencial, como alerta o urologista Giuliano Aita.

O alerta maior é que esse sintoma tende a aumentar na população em cerca de 20 a 30% nos meses mais quentes.

Em época de B-R-O-Bró que se aproxima, o melhor mesmo é já ir se acostumando a uma rotina pensada para tentar evitar o problema. “Nesses meses mais quentes que se aproximam em nosso Estado, devem-se dobrar os cuidados relativos à adequada ingestão hídrica. É importante também reduzir o consumo de sal, um grande vilão para os rins”, comenta.

“Quando o cálculo se encontra no rim não costuma dar sintomas. Porém, quando se desloca para os ureteres pode provocar dor de forte intensidade que requer cuidados médicos.

Está é a forma de apresentação mais comum e é chamada de cólica renal. O quadro é bem marcante. A dor é intensa, de início súbito e se localiza na região lombar e irradia para a parte anterior do abdome e órgãos genitais. Pode acompanhar-se de náuseas e vômitos”, explica o especialista.

Ainda segundo ele, cerca de 8% das mulheres e 15% dos homens serão vítimas dos cálculos pelo menos uma vez na vida. E o pior: há 50% de chances de o problema voltar em até cinco anos. Portanto, após tratar uma crise, é necessário manter as medidas que vão ajudar a prevenir um novo cálculo.

Para evitar o problema, Aita afirma que é aconselhável o aumento da ingestão de água de modo que o volume de urina seja de cerca de 2 litros por dia, é recomendável o consumo moderado de sal e de proteína animal e que o suco de limão ou de laranja deve ser incluído na dieta diariamente, já que pode ter efeito protetor contra os cálculos urinários.

Mas se mesmo com algumas medidas não se conseguir evitar uma crise, o caminho é recorrer a um serviço de urgência para resolver o problema. Há várias maneiras de eliminar as pedras e o especialista vai indicar a mais adequada para o momento. 

“Juntamente com a avaliação clínica, os exames complementares fornecerão informações sobre o tamanho e a localização da pedra, que são decisivos para a definição de tratamento pelo urologista. 

O tratamento pode ser feito com medicamentos, bombardeamento (litotripsiaextracorpórea), cirurgias endoscópicas (sem cortes e sob anestesia). Cirurgias com cortes na barriga são extremamente raras no tratamento dos cálculos urinários na atualidade”, afirma Giuliano Aita.

Fonte: Jornal Meio Norte