Banco busca aumentar o número de cadastro de doadores voluntários. Transplante é indicado para pacientes com doenças graves.
O Piauí possui cerca de 3, 2 milhões de habitantes, destes, apenas 80 mil estão cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Com a campanha “Cadastre-se e doe esperança, se for compatível doe vida!”, o Centro de Hematologia do Estado do Piauí (Hemopi) busca diariamente aumentar o número de cadastro de doadores voluntários de Medula óssea, que é um tecido líquido localizado no interior dos ossos largos conhecidos popularmente como tutano, onde o sangue é produzido.
De acordo com a gerente de interiorização do Hemopi, Veronésia Rosal, o transplante é indicado para pacientes com doenças graves, e atualmente o Brasil é o 3° país mais procurado do mundo no Banco de cadastro em volumes de informação.
“O transplante é indicado para pacientes com diagnóstico de leucemia, aplasia de medula dentre outros. O paciente só vai pra fila de transplante quando é o último caminho, sua chave genética tem que ser igual à chave genética do paciente que vai receber essa doação. O Brasil, por conta da miscigenação, é um dos países mais procurado no mundo, nós somos o terceiro no banco de cadastro em volumes de informação, perdendo apenas para o Banco Americano, que é o primeiro e o Alemão”, frisou Veronésia.
Pessoas do mundo todo lidam com doenças graves tendo a esperança de encontrar um doador compatível, e fora do grupo familiar a possibilidade é de 100 mil doadores para um paciente. Atualmente o Brasil possui 3 milhões e 700 mil pessoas cadastradas no Redome, são poucos voluntários diante de um país que possui mais de 204 milhões de habitantes, e da necessidade dos enfermos.
“A nossa fila de pessoas que precisam também é muito grande. Existem dois Bancos de cadastro, do paciente e do doador. Quando eu cadastro a informação do paciente e do doador esse banco cruza as informações, é um banco unificado”, explicou Veronésia Rosal.
Por ser um procedimento “novo”, muitos ainda ficam receosos com a ideia de doação da medula, mas segundo a gerência de interiorização do Hemopi, desde que foi coletada as primeiras medulas ósseas no Brasil não existe registro de problemas com o doador.
“Não existe registro na literatura, que eu tenha conhecimento, de que tenha ocorrido algum problema com o doador, pro paciente é fato, por que tem uma doença grave e o fato dele receber a medula não quer dizer 100% que já vá resolver o problema, mas há um grande indicativo que sim, afirmou a Veronésia Rosal.
Cadastro
O cadastro de possíveis doadores de medula óssea pode ser realizado no Hemopi, localizado na rua 1° de Maio ao lado do Hospital Getúlio Vargas. Para doar é preciso ter entre 18 e 55 anos e boa saúde. Após realizar o cadastro com documento oficial com foto, endereço e telefone, você assina um termo de responsabilidade dizendo que quer se cadastrar como doador de medula.
Fonte: G1 – PI