O princípio de AVC pelo qual Rubens Barrichello passou no começo de 2018 tem emocionado o piloto. Sempre que questionado sobre, ele se emociona e cita que está aproveitando ao máximo cada detalhe da vida, nesta ‘nova chance’ que ganhou – como quando fez a pole da etapa de Curitiba da Stock Car, por exemplo, e falou em poder “acordar e agradecer”.
Mas a história completa do caso ainda não havia sido contada ao público. Em entrevista ao ‘conversa com Bial’, programa da ‘TV Globo’, Barrichello revelou que, além do princípio de AVC, ele também passou por cirurgia para retirada de um tumor em seu pescoço neste ano.
O piloto contou que o tumor, benigno, foi descoberto em exames feitos após a Corrida de Duplas em Interlagos, no começo de março, abertura da temporada da Stock Car.
“Depois de todo o acontecido, eu fui fazer um monte de exames para saber. Miunha familia queria saber como eu estava. Fui fazer um exame e acharam um tumorzinho aqui (apontou para o pescoço). Abriu e tirou”, contou, enquanto mostrava a cicatriz no local.
“Eu tirei rapidinho porque, é benigno, mas precisava-se tirar porque ele cresce”, seguiu. E ainda brincou com a situação: “Como eu não quero incômodo no meu carro…”
Barrichello também deu mais detalhes de como descobriu que passava por um princípio de AVC: “Era um dia em que eu acordei cedinho, ia levar meu filho Eduardo para assistir as 24 Horas de Datona. Acordei cedinho, estava tomando um banho, saí do banho e, de repente,a dor que eu senti na cabeça foi algo assim… A gente fala, de zero a 10, eu menciono bastante isso para o pessoal entender. De zero a 10, se você tem dor de cabeça, é aquela dorzinha, um, de repente, se o cara tem um ‘migrane’ (enxaqueca) mesmo, ele tem dois…”
“Mas a dor era para quebrar mesmo. Era um oito ou nove”, completou.
Ele, então, percebeu que havia algo errado e deitou no chão, evitando acordar a família. Acabou desistindo dessa situação e foi ao médico após começar a passar mal. E descobriu outra situação; uma veia havia estourado e, no caminho para o médico, acabou se regenerando.
“Com o próprio sangue, em duas horas e meia”, contou. E, assim como fez ao GRANDE PRÊMIO, contou que ouviu dos médicos que apenas 14% das pessoas que passam por isso saem, como ele, vivas e sem sequelas.
Barrichello citou com carinho a Corrida de Duplas, lembrando que ela ocorreu pouco mais de um mês após o episódio. Na ocasião, falou com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO sobre o caso, emocionado, e ouviu de Filipe Albuquerque, seu parceiro na segunda colocação da prova, que tem “sete vidas” e o “privilégio de levá-las na pista”.
Ele ainda contou o quão “grandioso” foi poder correr em Interlagos e o medo que teve em não participar da etapa. “Eu voltei do hospital mais rápido, mais forte e mais choroso, pode ter certeza absoluta”, disse então.
Fonte: Grande Prêmio