Após a solenidade de abertura do 5º Salão do Livro de Parnaíba na noite desta quarta-feira (12), no Complexo Cultural do Porto das Barcas, não faltará programação para quem gosta do universo literário até o sábado, dia 15. A partir desta quinta-feira (13) o evento ganha uma programação paralela durante as manhãs e fins de tarde com o Bate Papo Literário. O espaço especialmente voltado para atender o público foi montado na área coberta em frente ao auditório do Porto das Barcas, sem limite de vagas para participantes. Assim como nas palestras, não haverá necessidade de uma pré inscrição, porém todos poderão requerer certificado de participação.
O jovem poeta e escritor parnaibano Ithalo Furtado é uma das atrações. Além de palestrante irá apresentar no bate papo com o público, o seu livro “Uma pedra em cada por enquanto”. A obra vem fazendo grande sucesso junto ao público e a crítica especializada. Sem gênero definido, a obra traz crônicas, poesias e contos que retratam o olhar do escritor sobre sua geração, com temas típicos do nosso tempo, como a delicadeza perdida, a sociedade de consumo, a era do indivíduo, os amores, as paixões e os temores que permeiam a vida das pessoas. O escritor denomina sua obra literária com um ensaio poético sobre os nossos dias, um pedido de demissão dos tempos difíceis.
Outro convidado para este espaço é o professor, sociólogo, ex-deputado federal pelo Piauí Antônio José Medeiros, que lançará seu Livro “1968 – Uma geração contra a Ditadura”. “Este livro é um depoimento. Não é uma análise histórico-sociológica, embora o autor seja sociólogo. E não tem nenhuma pretensão de ser um texto de história ou ciência política, embora incorpore a visão ideológica de um militante. Como todo depoimento, tem como referência a experiência pessoal vivida. É uma visão pessoal dos acontecimentos”, explica Medeiros sobre o perfil da obra.
Durante o lançamento o escritor conversará com o público a respeito do tema central da narrativa que foi o período de exceção iniciada no Brasil em 1964 e que resultou numa ditadura de mais de duas décadas. O ponto culminante da narrativa são os acontecimentos políticos de 1968. “Há tempo queria escrever esse livro e sempre fui muito cobrado sobre essa ‘dívida’ ou “responsabilidade”. Estamos rememorando e não comemorando. Comemorar é lembrar para festejar; rememorar é lembrar para não esquecer. Ditadura nunca mais!’”
Para quem curte produção teatral, o ator, diretor de teatro e cinema Joaquim Saraiva lançará os livros “O Reino da Palhaçada” e “Amigo Velho”, duas peças teatrais (uma infantil e outra adulta) em um único volume. “Joaquim Saraiva, num dos seus melhores momentos, escreve esta peça teatral, “Reino da Palhaçada”, nos religando de certa forma à fantasia e ao sorriso”, escreveu o escritor Antônio de Pádua Marques, membro da Academia Parnaibana de Letras, prefaciando um dos livros.
Ao todo serão doze momentos de interação entre escritores, fãs e leitores. Agora é se programar para não perder cada um destes bate papos!
Fonte: Ascom