Black Friday: Procon alerta sobre armadilhas e dá dicas contra golpes em compras na internet
A próxima sexta-feira (26) é o dia oficial da Black Friday. Apesar de muitas lojas já estarem com descontos, é na sexta-feira que acontecem as principais promoções e também é o dia em que muitos consumidores acabam caindo em golpes, principalmente com as compras pela internet.
Segundo Ricardo Alves, assessor técnico do Procon do Ministério Público do Piauí, apesar de muitas pessoas considerarem esse o momento ideal para adquirir um produto desejado, é necessário tomar cuidado para não cair em golpe como o do boleto falso.
“Vamos supor que uma pessoa está navegando nas redes sociais e aparece aquela publicidade do smartphone que ela sempre quis, por um preço bem abaixo do que se pratica. Ela clica no anúncio e é direcionada para uma página que é falsa. Ela não percebe porque é uma cópia da página oficial. Então quando vai para o meio de pagamento, só tem boleto ou pix, e não tem pagamento por cartão de crédito. Então quando clica para gerar o boleto, ele é falso”, explicou.
O assessor do Procon disse que esses sites falsos permitem o pagamento apenas por boleto ou pix, para facilitar o golpe, mas um detalhe no boleto pode ajudar a se livrar do golpe.
“Tem como não cair no golpe do boleto falso. Antes de pagar o boleto ou transferir o pix, observe o nome do destinatário. Se eu vou transferir para uma empresa da internet, esse dinheiro não vai para Pedro, Maria, João ou para uma pessoa física. Se você desconfiar, não conclua a operação. Entre em contato com o Procon para ver se não é um site falso”, destacou.
O consumidor também pode procurar por meio de um site do governo federal a reputação da empresa que está realizando a venda.
“Para fazer uma compra segura pela internet, entre no site www.consumidor.gov.br, procure a empresa que você quer comprar. Veja a reputação, se ela está enganando os consumidores, se está tratando bem os consumidores, se tem muitas reclamações”, afirmou.
Pesquisa de preço
Ricardo Alves explicou que fazer uma pesquisa dias antes do Black Friday é importante para evitar cair na maquiagem de preços. Pela internet é possível conseguir através de alguns sites, o histórico de preço dos produtos que estão sendo vendidos nos principais sites nacionais.
“Compre o que você precisa. Não adianta comprar um produto pela metade do preço, e ele ficar pegando poeira. Se você viu o que precisa, procure uma ferramenta de comparação do histórico de preço para não ser enganado pela maquiagem do preço, veja se realmente aquele produto está abaixo do histórico. Esse é outro ponto. Entrou no site e viu que está sendo a maquiagem, denuncie ao Procon”, destacou.
Compre o que precisa
O assessor do Procon destacou que um erro comum é comprar o que não precisa, porque acredita que os preços realmente estão baixos e isso ainda pode gerar um endividamento que não era esperado.
Isso acontece principalmente nas lojas físicas, que no dia do Black Friday, estão sempre fazendo promoções relâmpago.
“Na loja física, cuidado para não comprar o que não precisa. Quando se está na loja, se tem um furor muito grande, compra um produto que não precisa tanto, e entra em uma situação de endividamento. Não adianta comprar muito barato e depois ficar em dívida, entrar no limite do cheque especial e todo o desconto vai por água a baixo. Saia de casa com a lista do que você precisa e o preço médio”, pontuou.
Procon tem tabela com preços
No início desse mês uma equipe do Procon foi em vários lojas da cidade de Teresina, onde colheu os preços de vários produtos e criou uma tabela que pode ser acessada pela população, no site da instituição.
“Nossos fiscais colheram em campo os preços de vários produtos muito desejados pelos consumidores em várias lojas físicas de Teresina. Você pode entrar no site do Procon e ver essa lista com os preços, que foram colhidos antes do Black Friday. Se por acaso você se deparar que aquele preço que está maquiado, denuncie ao Procon, que vamos trabalhar para que você tenha direito aquele desconto no preço real do produto”, declarou Ricardo Alves.
Fonte: G1/PI