Corpo de Bombeiros durante vistoria em casas noturnas de Parnaíba. (Foto: Divulgação)

A falta de estrutura do Corpo de Bombeiros do Piauí prejudica o combate a incêndios e o salvamento de vidas no estado. Faltam soldados, desde o atendimento pelo telefone até para o socorro às vítimas.

A dona de casa Graça Oliveira diz que sempre que precisou do serviço, houve demora no atendimento. “Há um terreno em frente em minha casa e sempre no período seco pega fogo. Ligo para os bombeiros, mas a viatura chega horas depois que o fogo tem destruído tudo, eles sempre reclamam que não tem viaturas ou equipamento suficientes”, afirma.

Segundo o Associação do Corpo de Bombeiros os problemas não são apenas a falta de equipamentos, mas também a ausência de militares. “Temos 329 militares em todo o estado, quando o ideal seria no mínimo dois mil. Falta estrutura e materiais para que possamos em grandes eventos, como desastres e grandes incêndios”, disse o capitão Marcelo Pereira.

De acordo com o presidente da Associação dos Bombeiros, Francisco Carlos Cruz, a lei que regulamenta a profissão no estado está desatualizada desde 2009. “Essa lei que existe não define a carga horária de trabalho dos militares. Trabalhamos com apenas 30% da quantidade de bombeiros ideal, que é prevista em lei para o Piauí”, informou.

Para o subcomandante Corpo de Bombeiros, Antônio Cruz, os problemas existem, mas o Governo deve contratar novos militares nos próximos meses. “Estamos aumentando a demanda de militares no aeroporto de Teresina e também vamos implantar uma base do Corpo de Bombeiros em São Raimundo Nonato”, afirmou.

Fonte: G1 PI