Toda aquela rivalidade, marcada por brigas e discussões, parece ter ficado no passado. Se as cores das camisas são as mesmas, a qualidade técnica passou a ficar restrita a um só lado. Ainda que José Roberto Guimarães esperasse um duelo complicado, o Brasil teve pouco trabalho diante de Cuba, na manhã desta sexta-feira. Na abertura da etapa de Almaty, no Cazaquistão, a seleção passou pelas rivais por fáceis 3 sets a 0, parciais 25/16, 25/11 e 25/20, e venceu mais uma na fase classificatória do Grand Prix.
As brasileiras nem precisaram fazer muito. Dos 75 pontos marcados pela seleção, 27 foram dados de graça pelas cubanas. Fernanda Garay e Gabi, com dez pontos, foram os principais destaques da seleção. Thaisa, com seis pontos no bloqueio, também brilhou. Do lado rival, Vargas, de apenas 13 anos, mostrou talento ao marcar 10 pontos, mas pouco conseguiu fazer para impedir a derrota.
A seleção volta à quadra neste sábado. Às 6h (horário de Brasília), as meninas encaram a Holanda, pela segunda rodada da etapa. No domingo, às 9h, a equipe enfrenta o Cazaquistão e encerra a participação na fase classificatória. Em sete jogos, a seleção venceu seis, perdeu apenas um e soma 17 pontos na tabela. As cubanas, do outro lado, seguem sem vencer na competição. A fase final será disputada entre 28 de agosto e 1º de setembro, no Japão.
– O primeiro e o terceiro sets foram mais tranquilos. No terceiro, tivemos uma quantidade de erros maior. No geral, foi uma boa vitória para o início da etapa – disse o técnico José Roberto Guimarães.
O jogo
Enfrentando uma equipe muito jovem e inexperiente, as meninas brasileiras rapidamente se impuseram em quadra, abrindo 12 a 6. Após um ligeiro relaxamento, a seleção permitiu uma que Cuba ensaiasse uma reação e encostasse no placar, com 12 a 11. Mas o Brasil recuperou o passo, fez 21 a 13 e encerrou a primeira parcial em 25 a 16, após erro de ataque das cubanas.
O segundo set foi ainda mais tranquilo. De forma meteórica, o time brasileiro conseguiu 23 a 8, mostrando a disparidade entre os rivais. Uma jogada combinada entre Gabizinha e Sheilla foi concluída com uma perfeita largada da experiente oposta: 25 a 11.
No terceiro set, Zé Roberto mandou Sheilla para quadra na formação titular. Mas o Brasil não teve um bom início. Ao errar passes e pecar nos ataques, a seleção permitiu que Cuba largasse na frente. O lado rival, porém, também tinha problemas. Assim, as brasileiras conseguiram chegar à primeira parada técnica em vantagem: 8/5.
Ainda que as cubanas fizessem sua melhor parcial, as brasileiras souberam controlar o jogo. Sem sustos, a equipe caminhou a passos largos à vitória. Pri Daroit, em seu primeiro ataque, mandou a bola ao chão e fechou em 25/20. Os sinais dos novos tempos estavam ali: na saída da quadra, ao invés das provocações, sorrisos dos dois lados.
Fonte: Globo Esporte